Avançar para o conteúdo principal

Jorge Palma no Luso Vintage

 

Link da imagem

Autor, compositor, cantor, letrista. Os predicados são muitos e assentam na perfeição quando se fala de Jorge Palma. Com uma carreira imensa de sucessos, é um dos mais conhecidos músicos a nível nacional. As letras das suas músicas são verdadeiros poemas, e a composição musical é puro encantamento. Hoje no Luso Vintage.  

Por Carmen Gonçalves

Originalmente publicado a 27 /12/10 

Desde pequeno que a música está presente na sua vida, tendo aprendido piano e guitarra ainda em criança, e por conseguinte, pertenceu a bandas rock nos seus tempos de juventude.

Em 1969 integrou os Sindikato, uma banda rock que viria a participar na primeira edição do mítico Festival de Vilar de Mouros, em 1971. Influenciado pelos outros membros desta banda, iniciou-se ao nível da composição e escrita musical, surgindo assim as suas primeiras canções. Gravou ainda um álbum de versões com a banda, mas o trabalho criativo musical, fê-lo lançar um single a solo “The Nine Billion Names Of God”, em 1972, o único registo musical editado em Inglês.

Um ano mais tarde editou o seu primeiro single em português, fruto de uma aprendizagem da escrita na língua de Camões com José Ary dos Santos, e em 1975 lançou o seu primeiro Longa Duração, “Com Uma Viagem na Palma da Mão”, dando assim, o início a uma carreira promissora.



Em 1977 surgiu o seu segundo álbum, “Té Já”, resultante de um período de intenso trabalho, e viajou além-mar para mostrar a sua música, tocando por ruas de diversas cidades no Brasil, Espanha e França. Os seus palcos eram esplanadas e estações de metro, e animava quem passava, não só com os seus temas originais, mas também com versões de músicos, como Bob Dylan ou Paul Simon.

Com o regresso a Portugal em 1979, edita o seu terceiro registo de originais “Qualquer Coisa Pá Música”, seguindo-se inúmeras actuações a vivo.


A década de 80 viria a ficar marcada pelo génio criativo de Jorge Palma, tendo editado cinco álbuns, cujos temas marcaram a música nacional desta década, tendo, alguns deles, tornado-se ícones intemporais do panorama musical.

Acto Contínuo” foi lançado em 1982 e dois anos mais tarde surgiu nas lojas da especialidade o quinto registo de originais, “Asas e Penas”, que contém o tema “Estrela do Mar”. Em 1985, editou “O Lado Errado da Noite”, do qual foi extraído o hit-single “Deixa-me Rir”.


“Acto Contínuo” foi lançado em 1982 e dois anos mais tarde surgiu nas lojas da especialidade o quinto registo de originais, “Asas e Penas”, que contém o tema “Estrela do Mar”. Em 1985, editou “O Lado Errado da Noite”, do qual foi extraído o hit-single “Deixa-me Rir”.


Com a edição do álbum, Jorge Palma iniciou uma digressão nacional, tendo pelo meio gravado mais um disco, um ano mais tarde, “Quarto Minguante”. Entre estudos de piano, conflitos com a sua editora e a consagração entre o público, Jorge Palma grava em 1989 o seu oitavo registo de originais, “Bairro do Amor”.

Com a consolidação da sua carreira, a década seguinte seria para dar azo a novos projectos musicais, não sem antes ter sido editado “Só”, um registo intimista, onde revisita ao piano os seus temas de maior sucesso.
Em 1993 surge o projecto musical “Palma’s Gang”, em que juntamente com Zé Pedro e Kalú dos Xutos e Pontapés, e Flak e Alex dos Rádio Macau, revisita pela segunda vez os temas da sua carreira, desta feita com uma roupagem mais rock.

Em 1996 Jorge Palma integrou os “Rio Grande”, que resultou num grande sucesso musical, tanto na edição do álbum, como nos inúmeros concertos a nível nacional. Nesse mesmo ano, editou um álbum em jeito de best-of, a compilação “Deixa-me Rir”.

Os próximos anos ficariam marcados por concertos de norte a sul, bem como a contribuição em alguns projectos, como o caso do álbum tributo aos 20 anos de carreira dos Xutos e Pontapés, “XX Anos XX Bandas”, tendo re-interpretado o tema “Nesta Cidade”.

Em 2000, foi editada mais uma colectânea de visita à carreira de Jorge Palma, “Dá-me Lume”, que teve um êxito comercial estrondoso, e no ano seguinte, surgiu o álbum “Norte”, com um espaço de mais de dez anos entre o anterior. A aceitação pelo público foi enorme, tendo sido nomeado para alguns prémios nacionais.

Esta década continuou a ser marcada por participações em diversos projectos musicais e colaborações com vários músicos e artistas, e só em 2007 surgiu um novo registo de originais “Voo Nocturno”, o décimo álbum da sua carreira, que teve um enorme sucesso, em muito devido ao tema “Encosta-te a Mim”. 

Sem dúvida é um dos artistas nacionais que marcam a actualidade. Mais do que músico, é um poeta, que inventa e reinventa novas formas de contar histórias envoltas em melodias admiráveis, ao longo de mais de trinta anos e “enquanto houver estrada para andar”.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Citizen Kane na Máquina do Tempo

Link da imagem Texto original: Miguel Ribeiro Locução: Irene Leite Adaptação e Edição: Irene Leite

REM no vídeo do mês

 Link da imagem Decorria o ano de 1985 quando pela primeira vez se ouviu o tema “Bad Day” num concerto dos REM em Nova Iorque. Contudo , só 18 anos mais tarde foi editado, tendo surgido na compilação de 2003, “In Time: The Best of REM 1988-2003”. Ainda que originalmente produzida em meados da década de 80, esta música manteve-se actual, tanto no som, como na letra crítica à sociedade americana. Por Carmen Gonçalves Originalmente dominado de “PSA”, uma abreviatura para “Public Service Announcement”, este tema surgiu como uma crítica às políticas do presidente dos Estados Unidos, Ronald Regan. Embora não tenha sido editado, foi o mote para o lançamento em 1987 de “ It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine) ”, um tema com uma cadência similar, que teve um estrondoso sucesso. A parecença dos dois temas não se centra só na letra cáustica de crítica à sociedade americana. Ao escutarmos o ritmo e a sonoridade de ambas, não se pode deixar de verificar as

Roquivários no Luso Vintage

Link da imagem O início da década de 80 ficou marcado pelo aparecimento de diversas bandas rock no panorama nacional. A causa foi o estrondoso sucesso do álbum de estreia de Rui Veloso “Ar de Rock” que abriu caminho para novas bandas emergirem. Umas singraram na cena musical, até aos dias de hoje, caso é dos Xutos & Pontapés, UHF ou GNR, enquanto outras ficaram pelo caminho, após algum sucesso inicial. Destas destacam-se os Roquivários que encontraram no tema “Cristina” o seu maior êxito junto do público.    Por Carmen Gonçalves A banda formou-se em 1981 no seguimento do “boom” da cena rock, sob o nome original de “Rock e Varius”. Esta designação pretendia reflectir as influências musicais que passavam por vários estilos, não se cingindo apenas ao rock puro e duro. A música pop, o reggae e o ska eram variantes fáceis de detectar no seu som, e que marcaram o disco de estreia , “Pronto a Curtir”, editado em 1981.   Apesar de a crítica ter sido dura com o trabalho