Avançar para o conteúdo principal

Death From above 1979 na Dança do Som


Na Dança do Som desta semana trazemos Death From Above 1979, que vão marcar presença na edição deste ano do Festival Paredes de Coura. Os organizadores contam com o som electrizante dos canadianos mais uma vez, depois da presença no festival minhoto em 2005, um ano antes da separação do grupo.

Por Júlia Rocha 

No início deste ano os Death From Above anunciaram o seu regresso aos palcos. Desde 2006 que a dupla estava separada. Agora regressam novamente, apesar de ainda estarem ocupados com os seus projectos a solo. Os Death From Above 1979 são formados por Jesse F. Keeler e Sebastien Grainger, que se conheceram num concerto dos Sonic Youth. Contudo, geralmente, a dupla conta outras alternativas a esta história: que se conheceram num navio de piratas ou numa casa funerária.

O nome Death From Above 1979 surgiu depois de verem o filme Apocalypse Now, em que aparece um helicóptero com o mesmo nome. O 1979 foi acrescentado para não haver confusões com a DFA Records. 1979 é também  o ano de nascimento de um dos membros da dupla. A música do grupo é bastante electrizante e um pouco pesada para quem não gostar desta sonoridade. Não deixa contudo de ser contagiante: considerada por muitos, uma mistura de Rolling Stones com Black Sabbath.


 O nascimento da banda em 2000 só ficou realmente patente em 2002,  com o lançamento do EP Heads Up!. Mas foi em 2004 que a dupla canadiana tornou-se realmente conhecida com o álbum de estúdio You’re a Woman, I’m a Machine. É deste registo , gravado em Toronto e Montreal, que saem as mais conhecidas músicas dos DFA 1979. Na Europa, apesar da pouca promoção , obteve boas críticas e chegou a disco de ouro no Canadá. 


Em 2005 lançaram o segundo álbum de estúdio: Romance Bloody Romance, que ficou marcado pelos rumores que circulavam no backstage acerca do distanciamento de Keeler. Numa performance no programa Late Night with Conan O’Brien tocaram Romantic Rights.
 Max Weinberg , da E Street Band e baterista da banda do programa, ajudou na segunda parte da música. Em Agosto de 2006 os canadianos anunciaram a ruptura definitiva; os próprios referiram que tinham alcançado as suas “expectativas musicais” relativamente ao grupo e à sua música.

No inicio deste ano Sebastien Grainger anunciou o regresso da banda através de um comunicado escrito no fórum oficial dos Death From Above 1979. Grainger fala na colisão de dois mundos diferentes. Keeler continua assim o seu trabalho no baixo e no sintetizador e Grainger na voz e bateria. Os canadianos dispensam guitarras nas suas composições. 

Em Paredes de Coura vamos assistir a mais uma etapa na vida deste grupo canadiano, que se apresenta pela primeira vez em Portugal com o seu som electrizante e apresentação dos álbuns já gravados. Os Death From Above têm muitas datas marcadas para os próximos meses, incluindo o Festival de Leeds e o Lollapalooza em Chicago.


Abrindo apetites: 






Comentários

Mensagens populares deste blogue

Citizen Kane na Máquina do Tempo

Link da imagem Texto original: Miguel Ribeiro Locução: Irene Leite Adaptação e Edição: Irene Leite

REM no vídeo do mês

 Link da imagem Decorria o ano de 1985 quando pela primeira vez se ouviu o tema “Bad Day” num concerto dos REM em Nova Iorque. Contudo , só 18 anos mais tarde foi editado, tendo surgido na compilação de 2003, “In Time: The Best of REM 1988-2003”. Ainda que originalmente produzida em meados da década de 80, esta música manteve-se actual, tanto no som, como na letra crítica à sociedade americana. Por Carmen Gonçalves Originalmente dominado de “PSA”, uma abreviatura para “Public Service Announcement”, este tema surgiu como uma crítica às políticas do presidente dos Estados Unidos, Ronald Regan. Embora não tenha sido editado, foi o mote para o lançamento em 1987 de “ It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine) ”, um tema com uma cadência similar, que teve um estrondoso sucesso. A parecença dos dois temas não se centra só na letra cáustica de crítica à sociedade americana. Ao escutarmos o ritmo e a sonoridade de ambas, não se pode deixar de verificar as

Roquivários no Luso Vintage

Link da imagem O início da década de 80 ficou marcado pelo aparecimento de diversas bandas rock no panorama nacional. A causa foi o estrondoso sucesso do álbum de estreia de Rui Veloso “Ar de Rock” que abriu caminho para novas bandas emergirem. Umas singraram na cena musical, até aos dias de hoje, caso é dos Xutos & Pontapés, UHF ou GNR, enquanto outras ficaram pelo caminho, após algum sucesso inicial. Destas destacam-se os Roquivários que encontraram no tema “Cristina” o seu maior êxito junto do público.    Por Carmen Gonçalves A banda formou-se em 1981 no seguimento do “boom” da cena rock, sob o nome original de “Rock e Varius”. Esta designação pretendia reflectir as influências musicais que passavam por vários estilos, não se cingindo apenas ao rock puro e duro. A música pop, o reggae e o ska eram variantes fáceis de detectar no seu som, e que marcaram o disco de estreia , “Pronto a Curtir”, editado em 1981.   Apesar de a crítica ter sido dura com o trabalho