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A mostrar mensagens de fevereiro, 2011

You got Mail -Fevereiro

 Radiohead Link da imagem  Por António Jorge O mês de Fevereiro confirma que a Europa e não só, está cada vez mais perfumada com aromas nacionais. Mariza foi capa da prestigiada revista britânica Songlines, numa altura em que a autora do mais recente “Fado Tradicional” iniciou nova digressão mundial, no passado dia dois em Istambul.  Em Bruxelas, ultimou-se a nova edição de “Diversidad Experience 2010”, um CD multi-cultural feito com vinte vozes de doze países. Valete foi o homem escolhido e o “rapper” nacional, é dos poucos que participa em mais do que um tema.  Mais a Sul, Rodrigo Leão, ( o nosso Ranger das Teclas ) e Ana Moura ( a Most Beautiful Girl de Prince) actuaram em Paris, no Festival Au Fil des Voix e do outro lado do Atlântico, a propósito da edição que irá celebrar os vinte e cinco anos do mais mediático festival de música, veio a boa noticia; Xutos e Pontapés, Buraka Som Sistema, Rui Veloso e David Fonseca vão estar no Rock in Rio Brasil. E nós por

Virgem Suta no Inovaluso

Link da imagem “Reajo a esse incómodo olhar, nem quero acreditar que vem na minha direcção” são os versos iniciais de uma melodia muito difundida pelo airplay das rádios portuguesas, desde o Verão de 2010. Nuno Figueiredo e Jorge Benvinda são os Virgem Suta que, na companhia de Manuela Azevedo cantam as “Linhas Cruzadas”, uma despretensiosa canção pop que fica logo no ouvido.Para conferir no Inovaluso desta semana. Por Susana Terra  Corria o ano de 1998 quando estes dois amigos de Beja se juntaram para formar os Virgem Suta. As raízes lusitanas são bem visíveis, quer em termos dos instrumentos utilizados – há guitarras mas também o cavaquinho e o adufe – quer em termos de composição lírica – que tema mais português que o vinho bebido numa tasca? Apadrinhados por Hélder Gonçalves, dos Clã, os Virgem Suta gravaram em Junho 2009 o seu primeiro (e até ao momento único) disco homónimo, o qual foi entretanto reeditado duas vezes, incluindo novos temas, como “Linhas Cruzada

Xutos e Pontapés no Luso Vintage

Link da imagem 32 anos de Vida Malvada ao serviço do rock em português. Uma bagagem repleta de êxitos como "circo de feras", "casinha" ou "contentores" garantem aos Xutos e Pontapés um lugar cimeiro da história da música em língua de Camões . Um grupo que continua a abraçar gerações e a protagonizar grandes concertos.Hoje no Luso Vintage.  Por Gabriela Chagas   Uma carreira repleta de sucesso , sempre actualizada ao longo dos anos, mantendo fiel todo o legado conquistado.   É a maior banda portuguesa de rock, marcou gerações e quem a  viu em 2009, no concerto comemorativo dos 30 anos de carreira, no estádio do Restelo, percebe bem a magia deste grupo.         Foi uma reunião que juntou no mesmo espaço milhares de famílias.   Pais, filhos e até mesmo avós dançaram e cantaram músicas emblemáticas, arrojadas para a época em que foram lançadas, vincando a irreverência deste grupo que soube crescer e amadurecer com classe, cuidando sempre dos s

Movimento

O novo supergrupo português  Link da imagem  Chamam-se Movimento  e são um super grupo em língua de Camões. O primeiro álbum com clássicos do tempo do vinil  sai já a 4 de Abril. Por Irene Leite  O Movimento integra  Gomo, Selma Uamusse (Wraygunn), Marta Ren (loppy Joe e Bombazines) e Miguel Ângelo (Delfins) num álbum com produção e direcção musical de Francisco Rebelo (Cool Hipnoise, Cacique 97 e Cais Sodré Funk Connection) e João Cabrita, avança o Diário Digital. O grupo visita um conjunto de clássicos nacionais dos anos 60 e 70, como "Flor sem Tempo" (Paulo de Carvalho) , "Verão" (Carlos Mendes), "Começar de Novo" (Simone de Oliveira)  , entre outros.  «Quer em disco, quer ao vivo, o Movimento assumir-se-á como uma oleada orquestra, composta por cerca de 12 elementos, onde, para além das 4 carismáticas vozes, se destacará o "groove" duma secção rítmica certeira e poderosa, a energia dum naipe de sopros», explica o grupo em co

Vídeo do mês-Parte II

 Link da imagem Travis, Sing Curiosidades "Sing" não significa  apenas um apelo alegre ao carpe diem. O tema representa também um marco na carreira dos Travis. ...Ao pensar que tudo começou porque a companheira do vocalista Francis Healy não cantava para ele...Confira.  Por Paula Cavaco 1)" Sing" foi o 1º single do álbum "The Invisible Band" (2001); 2) "Sing" alcançou a 3ª posição do UK Singles Charts e o Top Ten em vários outros países; 3) "Sing" foi escrita pelo vocalista Francis Healy para a sua companheira porque esta não cantava para ele 4) Os Travis recriaram o vídeo durante a sua actuação no TOTP...   5) O video foi realizado por Jonathan Dayton e Valerie Faris, uma dupla de realizadores norte-americanos que assinou também os videos: [Para os Travis ainda realizaram o video "Side" , o 2º single do álbum "The Invible Band"] "Been Caught Stealing" dos Jane's Addiction",

Video do mês

 Sing, Travis  Link da imagem Os Travis são uma banda escocesa, criada no início da década de 90 , que se destacaram pelo sucesso no cenário Brit-pop moderno. Inspirando com as suas composições outros grupos da terra de Sua Majestade como os Coldplay ou os Keane, os Travis ficaram conhecidos por hits como “Why Does It Always Rain On Me?”, “Departed” e este, que será o vídeo do mês no Som à Letra, “Sing”. Para Ouver.  Por Paula Cavaco Quem viu este vídeo uma vez na vida dificilmente se esquece do seu conteúdo: uma fabulosa luta de comida; muito menos se esquece da forma como se sentiu quando o viu (ou de cada vez que o vê): boa disposição, descontracção, leveza de espírito, em suma, alegria.  Neste Mundo que se quer com regras, onde tudo parece ter de ser perfeito, onde cada pessoa se deve comportar segundo os padrões estabelecidos para ser aceite entre os seus pares, há aqueles que são “diferentes”, diferente na sua essência, na sua alma. Estes seres “diferentes” (

INXS na Dança do Som

 Link da imagem A Dança do Som desta semana traz uma banda que com certeza o acompanhou durante a juventude, marcou momentos na sua vida ou até o fez perder a cabeça e cantar dentro do carro como se fosse um louco. Muitos foram os covers que se fizeram à volta desta banda mas absolutamente ninguém se consegue igualar à sensualidade e à voz de Michael Hutchence. Já sabe de quem falo? Pois claro que sabe. São os INXS. Por Ana Luisa Silva  Australianos de gema, os INXS deram o seu pulo de estreia na década de 70 depois de um acontecimento curioso e que, à partida, só traria era desencontros entre os intervenientes. Michael Hutchence e Andrew Farris conheceram-se depois de uma chatice na escola.  A amizade cresceu e os dois formaram o grupo "The Farriss Brothers" ,  que  espalhou magia por diversos pubs em Sydney e em Perth. Só em 1979 é que a banda adoptou o de“INXS” , tendo gravado o primeiro LP em 1980. Mas é "Shabooh Shoobah" lançado em 1982 que apresenta o I

Peter Hook no Clubbing Optimus

 Link da imagem Integrou uma das bandas mais icónicas do movimento pós-punk da década de 80 e está este Sábado na Invicta para recordar os sons nocturnos dos Joy Division. Peter Hook actua já este sábado no Clubbing Optimus da Casa da Música.  Por Irene Leite Na Sala Suggia actua o baixista britânico  Peter Hook , músico dos míticos Joy Division e New Order, bandas que marcaram sobretudo a década de 80. O cartão de visita é o primeiro álbum dos Joy Division ,“Unkown Pleasures”, de 1979. Mas os convidados não terminam por aqui. O clubbing também abraça  os lisboetas Gala Drop, trio que segundo o jornal metro "tem vindo a despertar o interesse além-fronteiras, tendo inclusive  sido convidado pelo músico Panda Bear, dos Animal Collective, para a abertura do seu concerto em Nova Iorque". Na Sala 2 actuam Samuel Úria e Norberto Lobo , cuja guitarra clássica brilhará em concerto. Nos Bares 1 e 2, a música vai estar a a cargo do portuense  Dj Serge . Na Sala Cibermúsica, 

Arcade Fire no Som ao Vivo

Arcade Fire live at Madison Square Garden ,  New York on 8/5/2010.  Directed by Terry Gilliam.  Link da imagem 

Cesário Verde em "Dá que pensar..."

O Sentimento dum Ocidental     Link da imagem   I Avé-Maria Nas nossas ruas, ao anoitecer, Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. O céu parece baixo e de neblina, O gás extravasado enjoa-me, perturba; E os edifícios, com as chaminés, e a turba Toldam-se duma cor monótona e londrina. Batem carros de aluguer, ao fundo, Levando à via-férrea os que se vão. Felizes! Ocorrem-me em revista, exposições, países: Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo! Semelham-se a gaiolas, com viveiros, As edificações somente emadeiradas: Como morcegos, ao cair das badaladas, Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros. Voltam os calafates, aos magotes, De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos; Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos, Ou erro pelos cais a que se atracam botes. E evoco, então, as crónicas navais: Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado! Luta Camões no Su

Nietzsche em " Dá que pensar..."

 Link da imagem O esquecimento não é só uma vis inertioe , como crêem os espíritos superfinos; antes é um poder activo, uma faculdade moderadora, à qual devemos o facto de que tudo quanto nos acontece na vida, tudo quanto absorvemos, se apresenta à nossa consciência durante o estado da «digestão» (que poderia chamar-se absorção física), do mesmo modo que o multíplice processo da assimiliação corporal tão pouco fatiga a consciência. Fechar de quando em quando as portas e janelas da consciência, permanecer insensível às ruidosas lutas do mundo subterrâneo dos nossos orgãos; fazer silêncio e tábua rasa da nossa consciência, a fim de que aí haja lugar para as funções mais nobres para governar, para rever, para pressentir (porque o nosso organismo é uma verdadeira oligarquia): eis aqui, repito, o ofício desta faculdade activa, desta vigilante guarda encarregada de manter a ordem física, a tranquilidade, a etiqueta. Donde se coligue que nenhuma felicidade, nenhuma serenidade, n

Crítica Musical

 The Decemberists Álbum The King is Dead  Link da imagem O ano muda mas a indústria não pára. 2011 é já um ano de expectativas altas, e muitos são os álbuns que já fazem correr tinta. The King is Dead , dos Decemberists, é sem dúvida um deles. Por Tiago Queirós  O novo dos The Decemberists era por muitos apontado como sendo um álbum a adquirir. A verdade é que desde 2002 que a banda têm sabido cativar o seu público de forma coerente e sem grandes arranjos que fujam ao estilo que captou a atenção do mundo para o seu projecto. Ao que parece, estes rapazes juntaram-se algures pelo Estado de Oregon, bem longe da confusão da metrópole e concentraram a sua música no meio de um vasto campo bem ao estilo «Green Acers» . O álbum reflecte isso mesmo. O distanciamento da confusão da cidade provocou uma espécie de caminho espirítual na produção deste novo trabalho e que conseguem transmitir de forma perceptível ao ouvinte. Numa época onde o peso dos efeitos electrónicos se torna visív

The Doors em Modo Classic Rock

Link da imagem Em 1970 os Doors editavam Morrison Hotel, o quinto álbum da banda de Los Angeles.O primeiro single, um tributo às noites e dias da euforia etílica e das “jam sessions” fica na história como um dos temas mais reconhecidos de sempre… Afinal, Roadhouse Blues já acompanhou algumas gerações de noitadas - com e sem copos…hoje em Modo Classic Rock . Por Maria Coutinho Dizem as crónicas que nesta altura, cerca de um ano e meio antes da sua morte, os abusos de álcool e drogas de Jim Morrison eram já notórios. A criatividade, no entanto, não reflectia a decadência da estrela do rock psicadélico de L.A.: nas noites de embriaguez improvisava com a banda velhos ritmos de blues, juntamente com as palavras da sua poesia, da sua filosofia… E daí nasceram alguns futuros clássicos do Rock and Roll. O poeta das experiências extraordinárias do quotidiano inspirava-se em cada momento naquilo que o rodeava. Frases emblemáticas de Roadhouse Blues como “Keep your eyes on th

Inxs em Modo Pop

Link da imagem   Na década de 80 os INXS constituíram um projecto bem “real”,  que tinha na sua essência o “sentir”, um batimento cardíaco, uma Alma que pulsava e que nos fazia a nós, ouvintes, ingressar numa torrente emotiva intensa. Never tear us apart é marcante . 23 anos depois , repescagem em Modo Pop.  Por Paula Cavaco Definitivamente, os INXS foram “talhados” para o topo, tendo no seu "frontman", Michael Hutchence, o seu maior trunfo.  Infelizmente, quando, tragicamente o seu líder desapareceu, a banda perdeu o rumo. No entanto, os INXS dos anos 80 deixaram um lugar bem marcado na história da musica. “Listen Like Thieves”, álbum lançado em 1985, constitui-se, sem dúvida, como “breakthrough” (o impulsionador, digamos assim) dos INXS. A banda alcança, finalmente com este seu quinto trabalho, o reconhecimento internacional, ao constar nos lugares cimeiros das tabelas de vendas, nos Estados Unidos. “What You Need” impulsiona Hutchense e companhia para uma

Álvaro de Campos em Dá que pensar...

 Link da imagem Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas. A verdade é que hoje As minhas memórias Dessas cartas de amor É que são Ridículas. (Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente Ridículas.)

Epicuro em "Dá que pensar"...

 Link da imagem Felicidade e Prazer Devemos estudar os meios de alcançar a felicidade, pois, quando a temos, possuímos tudo e, quando não a temos, fazemos tudo por alcançá-la. Respeita, portanto, e aplica os princípios que continuadamente te inculquei, convencendo-te de que eles são os elementos necessários para bem viver. Pensa primeiro que o deus é um ser imortal e feliz, como o indica a noção comum de divindade, e não lhe atribuas jamais carácter algum oposto à sua imortalidade e à sua beatitude. Habitua-te, em segundo lugar, a pensar que a morte nada é, pois o bem e o mal só existem na sensação. De onde se segue que um conhecimento exacto do facto de a morte nada ser nos permite fruir esta vida mortal, poupando-nos o acréscimo de uma ideia de duração eterna e a pena da imortalidade. Porque não teme a vida quem compreende que não há nada de temível no facto de se não viver mais. É, portanto, tolo quem declara ter medo da morte, não porque seja temível quando chega,