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Sexta feira 13 na Máquina do Tempo



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Após o sucesso do filme Halloween de John Carpenter em 1978, eis que surge Sexta-Feira-13 ,  de Sean S. Cunningham e escrito por Victor Miller. aproveitando o  interesse do público nesta nova onda de filmes de terror identificados como “slasher films” . Clássicos do cinema como Terror em Elm Street, Scream ou Sei o Que Fizeste no Verão Passado bebem destes ingredientes.

Por Miguel Ribeiro 


Os “slasher films”  têm determinadas características que saltam à vista imediatamente     (além do argumento cliché) para amantes de filmes de terror: “gore”. Corpos desmembrados, sangue a espirrachar em grandes doses, esgares das vítimas que nos põem em sobressalto e muitas, mas muitas mulheres a fugir e a ginchar antes de tropeçarem no chão e serem finalizadas por um golpe muito preciso no pescoço para que possamos ver todo aquele sangue a jorrar enquanto os olhos da vítima permanecem abertos. Soa-vos bem? Então este e muitos outros são filmes para vocês.

O conceito por detrás de Sexta-Feira 13 é simples e perfeito para a audiência jovem: um grupo de jovens atraentes na casa dos 17, 22, que se decidem a reabrir um espaço de acampamento para poderem curtir a juventude. E depois começa a matança. Fim. 

Não foi este filme o culpado por ter iniciado este tipo de conceito nestes “teen movies” (essa culpa, alguns entendidos dão ao filme Psycho de Hitchcock) mas foi esta a obra que fez mais dinheiro no box-office (39.7 milhões de dólares apenas nos Estados Unidos) no que remonta a “slasher films” e que fundou um dos franchises de terror mais conhecidos de sempre e uma figura que usa uma máscara de Jóquei: Jason.

Honestamente, hoje em dia este filme está datado e já em 1980 não foi muito bem recebido pela crítica, chegando alguns a dizer que a película  era culpada pelas más notas dos estudantes norte-americanos na altura; um exagero, mas a verdade é que o filme peca em imensos sentidos no que toca a trazer algum brio técnico à película, sendo os principais factores o baixo orçamento , mas também a falta de subtileza nos momentos chave.

Há, no entanto, um pormenor que valorizo neste filme em si: o uso da música. Na criação da banda sonora deste filme, brincou-se um pouco com a própria expectativa do espectador relativamente a quando é que a “ameaça” surgiria, então, em certas cenas chegavam a eliminar a música, de maneira a levar o espectador a baixar a guarda, só para depois nos surpreender com o golpe final em mais um jovem. Excelente pormenor no que toca à manipulação das cenas de suspense presentes no filme.

No entanto,  não se pode levar este tipo de filmes muito a sério no que toca a cinema de terror em si, o objectivo é mesmo o de saber como é que a próxima personagem vai morrer, sempre de uma forma asquerosa e com tensão à mistura. Sexta-Feira 13 foi somente o início de um franchise que nos aterroriza há já 30 anos, não um grande filme, mas é um filme de culto e tem o seu valor histórico , além de que é perfeito para se convidar amigos para uma sessão de terror. Ah! E podemos ver o Kevin Bacon a morrer num dos seus primeiros filmes. Fechem as luzes e aumetem o som: O Jason está a chegar...


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