Há quem lhe chame “calma” mas declara-se um “furacão”.
Pode chamar-lhe o que bem entendere. Tratá-la abaixo de cão. Ela dir-lhe-á que esse “That’s not her name”. Ela é a Kate White. Ele declara-se o Jules de Martino. E ambos formam os extraordinários e explosivos: “The Ting Tings".
Por Ana Luísa Silva
Esta semana o Dança do Som viajamos até ao Reino Unido, país de origem da banda de pop electrónico dançante e animado que conseguiu criar uma febre pegajosa em todos os jovens , abatendo a sangue frio a grande detentora de todos os tops, Madonna.
O álbum de estreia do duo saltou em 2008 , vendendo mais de 300 mil cópias, arrebatando os corações mais “indiezados”.
A crítica também se rendeu ao balanço energético dos Ting Tings, que começaram a tocar juntos apenas em 2007 em Manchester.
A história desta banda começou quando Katie e Jules, jovens curiosos e ambiciosos, mantiveram contacto por meio da cena musical de Londres e Manchester. Descobertas as afinidades musicais entre os dois, de Martino mudam-se para Manchester e começam a compor, tendo como grandes influências Janis Joplin, Ricky Lee Jones e Portishead.
Mas Katie e Jules precisavam de um nome para a banda. Curiosamente nessa época, White trabalhava numa loja de roupas chinesa chamada Ting Ting e foi amor à primeira vista. Como o tilintar de um sino, o novo apelido tinha a perfeição rítmica que eles precisavam.
O primeiro disco dos The Ting Tings foi uma edição limitada de compactos em vinil com That's Not My Name e Great DJ na parte predilecta de Jules, o lado B. A tiragem inicial foi de apenas 500 cópias e esgotou-se por completo. Acabaram por publicar um quarto das suas músicas no MySpace da banda e não tardaram a receber respostas positivas de todos os cantos do planeta.
Para a edição limitada do single Great DJ lançada no Reino Unido, que chegou a “Single da Semana do NME”, a dupla reciclou vinis antigos, inverteu as capas e refizeram os selos dos vinis, escrevendo o nome da banda e da música.
Ganhando fama na base do “passa a palavra” e obviamente do entusiasmo dos primeiros fãs, o público começou a aumentar a cada concerto que davam.
A receita de sucesso desta banda é um pop totalmente distinto do cliché que ouvimos nas discotecas, baseado nas batidas sincronizadas e envolventes de Jules e na voz sexy e cativante da doce Katie. É apimentado com temperos electrónicos, tanto nas sessões rítmicas como nas linhas melódicas, que recriam as músicas com camadas e mais camadas de loops, proporcionando um carácter único e inédito.
Estas doses de criatividade podem ser percebidas tanto na participação do público no álbum, como na inserção de trechos de telefonemas de fãs nas gravações.
Estas doses de criatividade podem ser percebidas tanto na participação do público no álbum, como na inserção de trechos de telefonemas de fãs nas gravações.
Foram rapidamente declarados como a banda mais electrizante, aclamada, credível e elogiada da cena indie pela BBC. Como vêm, podem chamar-lhe o que quiserem. Ela dir-vos-á “That’s Not My Name”. Ora comprovem:
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