Avançar para o conteúdo principal

Paulo Praça no Inovaluso

 Link da imagem

No Inovaluso desta semana o convidado é  Paulo Praça, à boleia do tema“Amor Alheio”. Trata-se do  primeiro single  do segundo álbum do cantor, Dobro dos Sentidos. 

Por Júlia Rocha 

O álbum é produzido pelos Bitch Boys (Paulo e Simão Praça). Valter Hugo Mãe escreveu algumas letras para Paulo Praça que compõe todas as músicas do seu álbum. O letrista já tinha colaborado com Praça no álbum anterior, Disco de Cabeceira. O som é descrito como um pop/rock alternativo, algo que se verifica na música Amor Alheio. Para quem não sabe , o cantor é nortenho, de Vila do Conde .

A letra fala-nos de amor e o que é amar. Se vale a pena, se lutar por amor e por amar interessa. Mesmo com “monstros” a pairar ao lado., o cantor diz-nos “apareci num amor alheio” e que “amar é coisa de morrer”. Ele “não quer freio”, por que não desiste. Não é assim que o amor é? Nesta música encontramos um sentimento a ser descrito.  O que é melhor que a música para expressar sentimentos? 

O videoclip (realizado por Henrique da Silva) é cativante, transportando o leitor para um ambiente infantil. Mostra os monstros referidos na letra, mas de uma forma infantil, como se fossem aqueles que nos assombram os sonhos quando somos crianças. Monstros de peluche e um pequeno macaco de circo. As cores são vivas e remetem-nos para a inocência do imaginário  infantil.

Mas a letra é bem mais adulta e carregada de ricas expressões e palavras. A língua portuguesa ajuda , e muito. As composições de Paulo Praça estão aqui para ficar. Um nome a ouvir, sem dúvida! Depois de colaborar em vários projectos (sendo um dos mais icónicos,  o projecto Amália Hoje , que integrou em 2009)  o músico dá mais enfoque agora à sua carreira a solo. 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Citizen Kane na Máquina do Tempo

Link da imagem Texto original: Miguel Ribeiro Locução: Irene Leite Adaptação e Edição: Irene Leite

REM no vídeo do mês

 Link da imagem Decorria o ano de 1985 quando pela primeira vez se ouviu o tema “Bad Day” num concerto dos REM em Nova Iorque. Contudo , só 18 anos mais tarde foi editado, tendo surgido na compilação de 2003, “In Time: The Best of REM 1988-2003”. Ainda que originalmente produzida em meados da década de 80, esta música manteve-se actual, tanto no som, como na letra crítica à sociedade americana. Por Carmen Gonçalves Originalmente dominado de “PSA”, uma abreviatura para “Public Service Announcement”, este tema surgiu como uma crítica às políticas do presidente dos Estados Unidos, Ronald Regan. Embora não tenha sido editado, foi o mote para o lançamento em 1987 de “ It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine) ”, um tema com uma cadência similar, que teve um estrondoso sucesso. A parecença dos dois temas não se centra só na letra cáustica de crítica à sociedade americana. Ao escutarmos o ritmo e a sonoridade de ambas, não se pode deixar de verificar as

Roquivários no Luso Vintage

Link da imagem O início da década de 80 ficou marcado pelo aparecimento de diversas bandas rock no panorama nacional. A causa foi o estrondoso sucesso do álbum de estreia de Rui Veloso “Ar de Rock” que abriu caminho para novas bandas emergirem. Umas singraram na cena musical, até aos dias de hoje, caso é dos Xutos & Pontapés, UHF ou GNR, enquanto outras ficaram pelo caminho, após algum sucesso inicial. Destas destacam-se os Roquivários que encontraram no tema “Cristina” o seu maior êxito junto do público.    Por Carmen Gonçalves A banda formou-se em 1981 no seguimento do “boom” da cena rock, sob o nome original de “Rock e Varius”. Esta designação pretendia reflectir as influências musicais que passavam por vários estilos, não se cingindo apenas ao rock puro e duro. A música pop, o reggae e o ska eram variantes fáceis de detectar no seu som, e que marcaram o disco de estreia , “Pronto a Curtir”, editado em 1981.   Apesar de a crítica ter sido dura com o trabalho