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A mostrar mensagens de janeiro, 2011

Da weasel no Luso Vintage

 Link da imagem Recentemente fomos confrontados com a notícia do fim dos Da Weasel. Mas o grupo da doninha foi um dos projectos com maior dimensão no panorama recente da indústria musical portuguesa. Hoje no Luso Vintage revisitamos o percurso dos homens de re-tratamento. Por Júlia Rocha  Vencedores de dois Best Portuguese Acts (2004 e 2007) nos MTV Europe Awards, os Da Weasel surgiram em 1993, numa onda experimentalista, com Pacman, Armando Teixeira, Jay Jay Neige e Yen Sung. Em 1994, o grupo lança o primeiro EP “More Then 30 Motherf****s”. Nesse EP estava presente um dos  temas mais icónicos da banda: “God Bless Johnny”.  O primeiro álbum, em formato CD,  surgiu cerca de um ano depois. “Dou-lhe Com A Alma”,significou a transição quase total para a língua portuguesa, que predominou nos trabalhos futuros dos Da Weasel. O grupo saiu-se muito bem ao fundir hip hop com rock, trazendo novas sonoridades ao panorama musical português. Antes do álbum de 1997, o grupo sofreu

Pluto no Inovaluso

 Link da imagem 1991, Cidade Invicta . O marasmo musical do Porto rompe-se com o aparecimento dos míticos Ornatos Violeta. Manel Cruz, Nuno Prata, Peixe, Donas e Kinörm revolucionam a música cantada em português. Nada será igual a antes. Cruz , porém, continua o percurso inovador ao comando  de novos projectos. Pluto é uma dessas ricas facetas.  Por Susana Terra Manel Cruz é já uma lenda no universo musical nacional, a prova que a melodiosa língua de Camões (e de todos nós) pode ser uma mais valia na composição lírica dentro do género rock, nas suas múltiplas vertentes (ska, funk). Cruz é o claro exemplo da sensibilidade artística vertida sob diversas manifestações: da ilustração e banda-desenhada (a sua primeira paixão) à escrita e criação musical. Dos Ornatos resta a herança de “Cão!” (1997) e “O Monstro Precisa de Amigos” (1999) e, claro está, dos arrebatados concertos que arrastaram multidões e elevaram os Ornatos Violeta à categoria de banda de culto. Em 2002, findos os

New Young Pony Club

Está aberta a pista!  Link da imagem Muito dificilmente alguém falhou a audição dos sons “punk dance” que os ingleses New Young Pony Club andam por aí a propagar. Uma mistura de Talking Heads, Blondie e The Clash, resgatando assim alguma da produção “new wave” nova-iorquina mais interessante do final dos anos setenta e adicionando uma generosa pitada de sofisticados sintetizadores.    Por Paula Cavaco Tudo começou quando Tahita Bulmer, a vocalista, foi apresentada, por amigos, ao produtor Andy Spence, ambos apreciadores de Punk Rock e música de dança. Os dois começaram a escrever em conjunto, e Tahita assumia, nesta altura, por completo os vocais. No entanto, ao fim de algum tempo, os dois decidiram que era hora de começar a recrutar membros para formar uma banda. Convidam então Lou Hayter (teclados), Igor Volk (baixo) e Sarah Jones (bateria) para se juntarem à “festa”. Em 2005  lançaram dois singles “The Get Go "e" Ice Cream” com o “label” da editora

O primeiro álbum de… INXS!

 Link da imagem Por Bruno Vieira A crónica que aqui escrevo quinzenalmente sob a rubrica “The Indies”, como já devem ter reparado, não pretende abordar apenas assuntos relativos à cena indie actual. Já por diversas vezes trouxe ao “Som à Letra” temas mais vintage, desde que os mesmos não fujam às orientações editoriais do ciberjornal, respeitando uma abordagem vintage e vanguardista- E também porque a temática indie não se esgota apenas na última década (também chamada de noughties), existindo pelo menos desde o surgimento do movimento punk, em meados dos Anos 70. Vamos então ao que interessa, ou seja, ao 1º álbum de… Os U2 foram a primeira banda que aqui trouxe para falar do seu primeiro álbum “Boy”, de 1980. Desta feita O 1º álbum de...  vai falar de outra grande banda que, pelo menos durante a década de 80 e início de 90, chegou a rivalizar em popularidade com os irlandeses. Falo dos INXS , provavelmente a mais popular banda de Rock da Austrália.  Êxitos como “Original Sin”

Dá que pensar...

Carpe Diem  Ricardo Reis Link da imagem     Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio     Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e nao estamos de maos enlaçadas. (Enlacemos as maos.) Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e nao fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses. Desenlacemos as mãos, porque nao vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassosegos grandes. Sem amores, nem ódios, nem paixoes que levantam a voz, Nem invejas que dao movimento demais aos olhos, Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar. Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos, Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, Mas que mais vale estarmos sent

Eduardo Mãos de Tesoura na Máquina do Tempo

 Link da imagem Gosta de magia e de contos de fadas ? Bingo, então  a Máquina do Tempo desta semana é para si, já que o  encontro está marcado com  Eduardo Mãos de Tesoura. Após ter realizado Batman, Tim Burton viu-se reconhecido como grande realizador e pôde finalmente fazer um filme com total controlo criativo.A história do cinema agradece.  Por Miguel Ribeiro "Eduardo Mãos de Tesoura" conta a estória de uma criação proveniente da mente de um cientista (interpretado por Vicent Price) com o objectivo de criar um ser artificial de nome Edward (Johnny Depp). O problema é que o seu criador morre sem antes completar o seu trabalho, deixando o jovem com tesouras no lugar dos mãos. Após ser descoberto a viver sozinho na mansão onde “nasceu” por Peg Boggs (Diane Wiest), esta leva-o para a pequena comunidade suburbana onde vive. Edward encontra vários problemas de adaptação , principalmente por causa do namorado de Kim Boggs (Winona Ryder)  que o tenta pôr numa luz menos boa à

The girls na Dança do Som

Link da imagem  Ao contrário do que seria expectável, o grupo The Girls é formado unicamente por elementos do sexo masculino (e não, afirmam não ser de orientação gay). Conheceram-se na Carnegie Melon University (CMU) em Pittsburgh no ano de caloiros e partilham, entre outras coisas, o gosto pelas sonoridades dos Radiohead, Pixies ou They Might Be Giants. É caso para dizer que vale a pena investir na educação! Por Susana Terra Ram Subramaniam (voz, guitarra, teclados), Ben Hollis (baixo, voz), Greg Gillotti (guitarra, percussão auxiliar, acordeão) e Aaron Tarnow (percussão, saxofone, voz) formaram em Novembro de 2001 o grupo The Girls, cujo nome foi inspirado na canção “Pray for the Girls”, dos Pixies. Numa entrevista com a banda, em 2002, afirmaram cozinhar bolos que são distribuídos pela audiência…uma estratégia invulgar mas que sem sombra de dúvidas conquista o público - "we like to give you candy!". Dos corredores do dormitório da CMU resta a barulhenta recordaç

The Kinks em Modo Classic Rock

 Link da imagem O que faria se, depois de uma noite de copos, em que depois de seduzido por uma exótica mulher, e de aceitar acompanhá-la a casa após uma noite envolvente…. a mesma lhe revelasse que era, afinal, um homem? Em Inglaterra, os The Kinks fizeram de “Lola” um verdadeiro Classic Rock... para recordar. Por Maria Coutinho Há quem diga que a letra é autobiográfica , e que Ray Davies teria mesmo tido um “affaire” com uma travesti famosa, Candy Darling, a quem Lou Reed também se referiu num verso de “Walk on the Wild Side” . Na biografia oficial da banda, o vocalista desmente esta versão, revelando que o caso é verídico, sim, mas foi protagonizado por Robert Wace, então empresário da banda. Como é fácil imaginar , o tema deu que falar, e chegou mesmo a ser proibido de rodar na British Broadcasting Company (BBC), forçando Ray Davies a viajar de propósito da América para Inglaterra com o objectivo de gravar uma nova versão que a estação aprovasse. O que surpreende, num país c

The Horrors em Modo Pop

  Link da imagem Os britânicos The Horrors formaram-se em 2005, tendo até à data dois álbuns lançados. São uma das promessas da música indie, a fazer lembrar a sonoridade do Pós-Punk. Actuaram no Coliseu de Lisboa o ano passado, e são um dos mais recentes fenómenos de culto em Portugal . Por Carmen Gonçalves  O primeiro álbum “Strange House” foi editado em 2007 e acarretava uma grande carga musical do punk e do rock de garagem. O sucesso foi imediato e inesperado, tendo entrado directamente para o 37º lugar do top de vendas no Reino Unido. Este disco reúne alguns temas anteriormente editados em single, caso é de “Sheena is a Parasite” e de “Little Victories”. O som das guitarras sobrepõe-se a quase tudo, excepto à voz, notando-se uma grande influência do punk das décadas de 70 e 80. A apresentação do álbum ao vivo passou por actuações em diversos festivais à escala mundial, incluindo o Festival de Glastonbury, o Summer Sonic Festival no Japão e o festival Splendour in the G

Foge Foge Bandido no Inovaluso

 Link da imagem Casa na Invicta. Vanguardismo. Lirismo. Amor. Vida.... Manel Cruz volta a inundar o nosso imaginário, desta vez não com os icónicos Ornatos Violeta, mas a bordo do projecto Foge Foge Bandido. A letra e o som estão garantidos pela "Borboleta" , em destaque no Inovaluso desta semana Por Gabriela Chagas Género:  Indie/Alternativo Membros:  Manel Cruz, Nuno Mendes, Edu Silva, Nicô Tricot e António Serginho Naturalidade: Portuguesa Companhia discográfica:  Turbina Localização actual:  Porto     Esta é uma caracterização minimalista de um projecto musical que fez regressar aos palcos Manel Cruz depois dos Ornatos Violeta, Pluto  e Supernada.     Seja qual for o projecto, a sua voz é absolutamente inconfundível. Manel Cruz, nome artístico de Manuel Gomes Coelho Pinho da Cruz é um vocalista, guitarrista e letrista português.     Com mais de 1500 seguidores no seu perfil no facebook e outros tantos fãs espalhados pelo país fora, os Foge Foge Bandido nasceram,

Radar Kadafi no Luso Vintage

 Link da imagem A música pop portuguesa dos anos 80 não teria sido a mesma sem os Radar Kadafi, grupo que nasceu em 1984. A aventura, iniciada num café lisboeta, durou pouco, mas marcou com “40 º à sombra” , literalmente. Por Júlia Rocha Foram desde sempre um grupo marcadamente pop.  E foi assim que construíram o seu legado. A constituição original incluía Luís Gravatom (vozes), Tiago Faden (baixo), Fernando Pereira (guitarra), Luís Sampaio (teclados) e José Bruno (saxofone). O nome retrata a história da altura: o líder líbio Muammar Kadafi, que fazia as notícias na altura. Logo no ano de fundação, o grupo participou no concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous, onde se classificou em terceiro lugar. Levaram uma música italiana para a competição: “La Maquina”. Aqui ficou de imediato bem patente uma das mais imponentes características dos Radar Kadafi: as suas performances ao vivo.  A grande importância conferida aos elementos cénicos tornava os espectáculos do grupo verda

Vídeo do Mês

Viva la Vida: Coldplay Link da imagem Em 2008, quando os Coldplay estrearam o vídeo promocional da música "Viva la Vida", já o tema circulava por todo o mundo e batia recordes de downloads e vendas, acumulando a liderança das tabelas de vendas do Reino Unido e dos E.U.A.. Pleno de simbolismo histórico, religioso e filosófico, o tema dá voz ao elogio da banda ao Homem-Fénix e ...Viva la Vida! Por Maria Coutinho O álbum "Viva la Vida or Death and All His Friends" representa um ponto de viragem na carreira da banda de Chris Martin, que aqui iniciou um novo ciclo. Isto depois de os três primeiros álbuns constituírem, segundo os próprios autores, uma trilogia coesa, agora finda. Quem esperava o velho estilo de rock alternativo do grupo foi decerto surpreendido por esta nova sonoridade. A titulo de exemplo, Chris Martin e companhia já foram catalogados pela imprensa como art-pop, pop de câmara, ou pop barroco, de tal forma se destacam na composição os instrumento

Charles Chaplin em "Dá que pensar"

Link da imagem Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso... Mostre aquilo que você é, sem medo. Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu. Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa. Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos. Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome! Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz. Procure o que há de bom em tudo e em todos. Não faça dos defeitos uma distância, e sim, uma aproximação. Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver. Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove. Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos... Você já tornou alguém feliz hoje? Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo? Ei! Não corra. Para quê tanta pressa? Corra apenas para dentro de você. Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga. Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela. Ch

Forrest Gump na Máquina do Tempo

Link da imagem My momma always said, "Life was like a box of chocolates. You never know what you're gonna get."                                                                                                           Forrest Gump Baseado no livro homónimo de Winstom Groom, Forrest Gump é provavelmente um dos filmes mais consensuais quanto ao seu valor e qualidade a sair dos E.U.A. nos anos 90. Ao que se deve tamanha façanha que Robert Zemeckis atingiu? Por Miguel Ribeiro Realizado por Robert Zemeckis (Quem Tramou Roger Rabbit, Regresso ao Futuro) e com Tom Hanks (Forrest Gump), Robin Wright (Jenny Curran) e Gary Sinise (Tenente Dan Taylor) o filme mostra a estória de um jovem norte-americano, nascido no estado de Alabama, a quem o director da escola determina que Forrest tem um QI de 75, mas que indepedentemente das suas aparentes limitações e com o amor e apoio da sua mãe, vive uma vida cheia de aventuras, passando por situações incríveis , como a guerra do Vie

ELO em Modo Classic Rock

 Link da imagem Reza a tradição que a necessidade aguça o engenho e, por vezes, é nessas ocasiões que surgem os melhores resultados. No caso dos Electric Light Orchestra a falta de um tema para completar um álbum deu origem a “Evil Woman”. Por ser um dos maiores êxitos da banda, merece honras de Modo Classic Rock... Por Maria Coutinho Corria o ano de 1975 e Jeff Lynne e seus companheiros da Electric Light Orchestra (ELO) encontravam-se em estúdio a terminar o último dia das gravações do seu quinto álbum, “Face the Music” e foi então que realizaram que o material gravado era insuficiente. Na manhã seguinte, sentado no piano, em menos de 30 minutos Lynne tinha completado sózinho o parto do que viria a ser a estrutura de base do tema “Evil Woman” - a composição mais rápida de sempre de sua autoria, que vinha completar a obra que, na véspera, ficara inacabada. O tema veio a ser completado em pouco tempo, recebendo letra e orquestração nessa mesma tarde, já com os restantes músicos da

Patrick Watson, directamente do “laboratório” para o “Modo Pop”

 Link da imagem Em menos de uma década, o compositor canadiano Patrick Watson ganhou a atenção internacional. As suas músicas parecem saídas (tal é a sua forma exuberante) de um qualquer laboratório de “mad science”. E é exactamente io que o  senhor é: um cientista. Um cientista de sons hoje em Modo Pop. Confira. Por Paula Cavaco Nascido em 1979, no Quebec (Canadá), Patrick Watson é o “frontman” de uma banda chamada “Patrick Watson”. (Não… não me enganei a escrever, é mesmo assim). O caro Watson admite que o grupo começou em jeito de brincadeira há alguns anos atrás, produzindo música para acompanhar uma produção fotográfica. Depois de construir um cd com base naquelas imagens,  e ao levá-lo cá para fora, o público aderiu. E tudo começou assim.Depois vieram os discos e o nome permaneceu intacto até hoje. Conhecido especialmente por ter sido o responsável, em termos líricos, por algumas músicas dos “The Cinematic Orchestra” (no álbum “Ma Fleur”, no qual também dá voz à “To Build a

Destaque

“Por vezes a música é a única forma de melhorar a vida” Janis Joplin  Link da imagem Se há vozes que, no universo musical, carregam consigo um nítido traço distintivo, uma delas será sem dúvida a de Janis Joplin. Irrequieta, provocadora, inconformada, decadente e com uma autenticidade inocente em palco, a cantora e compositora foi um símbolo de entrega incondicional à música que interpretou. Por Luis Vendeirinho Janis Lyn Joplin bebeu desde jovem as influências dos blues , texana nascida em Port Arthur a 19 de Janeiro de 1943. Começou por cantar no coro da terra natal e, já na Universidade, em Austin, cantava blues e folk com os amigos adolescentes.  A influência da Beat Generation , que se via representada por escritores como Jack Kerouac e Allen Ginsberg na década de 50, foi decisiva no modo de estar de Janis Joplin. A rejeição dos valores tradicionais, a liberdade sexual, a experiência das drogas e a propensão para a filosofia oriental eram comuns à geração beat .