Os britânicos The Horrors formaram-se em 2005, tendo até à data dois álbuns lançados. São uma das promessas da música indie, a fazer lembrar a sonoridade do Pós-Punk. Actuaram no Coliseu de Lisboa o ano passado, e são um dos mais recentes fenómenos de culto em Portugal.
Por Carmen Gonçalves
O primeiro álbum “Strange House” foi editado em 2007 e acarretava uma grande carga musical do punk e do rock de garagem. O sucesso foi imediato e inesperado, tendo entrado directamente para o 37º lugar do top de vendas no Reino Unido. Este disco reúne alguns temas anteriormente editados em single, caso é de “Sheena is a Parasite” e de “Little Victories”. O som das guitarras sobrepõe-se a quase tudo, excepto à voz, notando-se uma grande influência do punk das décadas de 70 e 80.
A apresentação do álbum ao vivo passou por actuações em diversos festivais à escala mundial, incluindo o Festival de Glastonbury, o Summer Sonic Festival no Japão e o festival Splendour in the Grass, na Austrália.
No final de 2007 a banda anunciou a edição do seu segundo álbum, desta feita, produzido por Craig Silvey e por Geoff Barrow dos Portishead. A gravação teve lugar no Verão de 2008, mas só chegou às lojas a 4 de Maio de 2009. “Primary Colours” contou com o single de apresentação “Sea Within a Sea” e ficou disponível para download no site da banda a 17 de Março. O vídeo do tema ficou a cargo de Douglas Hart (ex baixista dos Jesus and Mary Chain).
No entanto, umas semanas antes de lançamento oficial, o álbum foi difundido na internet, contra a vontade da banda. Ainda assim, chegou ao 25º quinto lugar do top de vendas no Reino Unido, e mais tarde teve uma nomeação para o Mercury Prize. Nesse mesmo ano a revista NME colocou-o no primeiro lugar como o melhor álbum de 2009.
“Primary Colours” teve um êxito notável junto do público e dos críticos, confirmando o talento da banda. Embora o álbum seja menos “cru” que o anterior, atenuando um pouco mais as guitarras, os fãs renderam-se e tornaram-se num dos mais recentes fenómenos musicais.
Depois de dois anos em actuações ao vivo, no início de 2011, os membros da banda anunciaram que têm dez músicas prontas para integrarem o terceiro registo de originais. Ficamos à espera.
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