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Reza a tradição que a necessidade aguça o engenho e, por vezes, é nessas ocasiões que surgem os melhores resultados. No caso dos Electric Light Orchestra a falta de um tema para completar um álbum deu origem a “Evil Woman”. Por ser um dos maiores êxitos da banda, merece honras de Modo Classic Rock...
Por Maria Coutinho
Corria o ano de 1975 e Jeff Lynne e seus companheiros da Electric Light Orchestra (ELO) encontravam-se em estúdio a terminar o último dia das gravações do seu quinto álbum, “Face the Music” e foi então que realizaram que o material gravado era insuficiente. Na manhã seguinte, sentado no piano, em menos de 30 minutos Lynne tinha completado sózinho o parto do que viria a ser a estrutura de base do tema “Evil Woman” - a composição mais rápida de sempre de sua autoria, que vinha completar a obra que, na véspera, ficara inacabada.
O tema veio a ser completado em pouco tempo, recebendo letra e orquestração nessa mesma tarde, já com os restantes músicos da banda reunidos no estúdio da Musicland em Munique. Os coros e a secção de cordas foram acrescentados posteriormente, gravados respectivamente emNova Iorque (E.U.A.) e Wembley (R.U.). O resultado foi o primeiro grande sucesso da banda à escala mundial.
Pode dizer-se que Jeff é a Alma dos E.L.O. É ele o grande dinamizador e ideólogo da banda, e no álbum “Face the Music”, deixa a sua impressão digital um pouco por toda a parte: ele compõe, escreve, produz, toca guitarra e dá voz aos seus próprios Sons à Letra.
Não é de estranhar, portanto, que cerca de 35 anos mais tarde, ainda seja ele a estrela da última versão conhecida de “Evil Woman”, utilizada nas séries americanas “My Name is Earl” e “Medium”. Aqui o tema surge praticamente idêntico ao original mas, no lamento dirigido à fatal mulher malvada, reconhece-se a voz envelhecida do vocalista. Um eco , em pleno século XXl ,deste clássico dos anos 70, onde tão bem se fazem notar os sons da transição do Rock para o Disco-Sound.
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