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A música pop portuguesa dos anos 80 não teria sido a mesma sem os Radar Kadafi, grupo que nasceu em 1984. A aventura, iniciada num café lisboeta, durou pouco, mas marcou com “40 º à sombra” , literalmente.
Por Júlia Rocha
http://www.myspace.com/radarkadafi
Foram desde sempre um grupo marcadamente pop. E foi assim que construíram o seu legado. A constituição original incluía Luís Gravatom (vozes), Tiago Faden (baixo), Fernando Pereira (guitarra), Luís Sampaio (teclados) e José Bruno (saxofone). O nome retrata a história da altura: o líder líbio Muammar Kadafi, que fazia as notícias na altura.
Logo no ano de fundação, o grupo participou no concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous, onde se classificou em terceiro lugar. Levaram uma música italiana para a competição: “La Maquina”. Aqui ficou de imediato bem patente uma das mais imponentes características dos Radar Kadafi: as suas performances ao vivo. A grande importância conferida aos elementos cénicos tornava os espectáculos do grupo verdadeiramente cativantes.De facto nas actuações não faltavam adereços, suportes visuais, bailarinos.
Em 1987 assinam o primeiro contrato discográfico com a Polygram. “Prima Donna” tinha um lado exclusivamente português intitulado Lusitano e outro com músicas em espanhol, italiano e francês, intitulado Imigrante.
No entanto , a vida dos Radar Kadafi foi curta. Como acontece com muitas bandas, a razão para a separação residiu nos problemas que a fama trouxe, as mudanças de personalidade e consequentes zangas.
O último concerto decorreu em Novembro de 1987, e assim se disse adeus às letras melancólicas e apaixonadas.
Quem não se lembra do famoso tema “40º à Sombra”? Até as gerações mais novas… Além deste tema mediático, o LP incluía também “Maria” e “Eu Sei Que Não Sou Sincero”. O lado Imigrante incluía “La Calle” e “Brigitte Bardot”, por exemplo.
http://www.myspace.com/radarkadafi
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