Tiago Guillul é músico, mas também é blogger e pastor da igreja baptista. É o fundador da editora independente FlorCaveira, que ao longo dos últimos três anos alcançou uma notoriedade inesperada. O burburinho cresceu a partir do lançamento do seu quarto álbum, e rapidamente a notícia do pastor-cantor espalhou-se pelos media. É um dos impulsionadores do chamado “rock cristão” em Portugal, e sem recorrer ao evangelho conquistou uma pequena legião de fãs. Hoje no Inovaluso.
Por Carmen Gonçalves
Tiago Cavaco cresceu nos arredores de Lisboa e foi através da sua ligação à igreja baptista que a sua faceta musical se desenvolveu. A história deste cantautor começa ainda nos anos 90, na altura em que integrava os Bible Toons, uma banda de hardcore cristã. Foi com o fim deste grupo que o projecto a solo ganhou dimensão. De Tiago Cavaco passou a Tiago Guillul e aventurou-se a gravar a sua primeira maquete e os primeiros discos a solo.
Gravou três discos quase incógnito e foi com a edição do quarto álbum “IV” que obteve o reconhecimento do público e da crítica. Este registo conta com vinte temas originais, no qual podemos encontrar “Beijas Como Uma Freira”.
Em 2008 a sua editora começou também a ter projecção, com lançamentos de discos de diversos projectos que alcançaram um lugar de destaque no panorama nacional, como é o caso de Samuel Úria, João Coração, B Fachada, Diabo na Cruz, entre outros.
Em 2010 Guillul editou o seu quinto álbum, denominado simplesmente de “V”, à semelhança do anterior. Neste revisitou algumas influências de géneros musicais díspares que pautaram o seu trajecto, desde os tempos de adolescência até à consolidação do seu próprio estilo. Contou com um elenco alargado, tendo as participações especiais de Samuel Úria, Nick Nicotine, João Só, Joaquim Albergaria e Rui Reininho.
“V” foi a confirmação do talento musical de Guillul.
Já em 2011 disponibilizou no seu blog “Voz do Deserto” o álbum “Inverno Desinspirado do Rapaz do Sul do Céu (Uma pilhagem sonora em baixa-fidelidade com propósitos evangelísticos)”, como oferta do dia dos namorados para a sua comunidade de fãs.
Apesar do seu trabalho a solo continuar, Guillul mantém a sua participação em outros projectos paralelos como membro activo das bandas Ninivitas, Guel, Guillul e O Comboio Fantasma, Os Lacraus e As Velhas Glórias. Os seus registos musicais, com mais ou com menos traços religiosos, continuam a assentar numa sonoridade que o próprio define como “música moderna portuguesa”.
Com uma carreira que se estende por mais de uma década, Tiago Guillul, e mais recentemente conhecido por Tiago Lacrau, conquistou um lugar de destaque e de influência no meio musical nacional.
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