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Espaço Rock em Portugal







Os Peste & Sida nasceram no final da década de 1980. Foram uma das bandas mais influentes do panorama Punk Rock português.
 Por Aristides Duarte
Originalmente publicado a 4 de Outubro de 2010

No final da década de 1990 terminaram, após terem formado uma banda paralela chamada Despe e Siga. Apenas João San Payo queria manter as duas bandas em simultâneo. Os restantes membros preferiram continuar, apenas, como Despe e Siga e João San Payo saiu . Os Peste & Sida terminaram.

Logo a seguir, San Payo ligou-se a outras bandas como os Los Tomatos, mas nunca abandonou a ideia de regressar, um dia, com os Peste & Sida.

Em 2004 os Peste & Sida regressaram com San Payo e o vocalista original João Pedro Almendra. Os restantes membros foram recrutados noutras bandas. Ainda continuam no activo, prometendo para breve um novo álbum de originais.

A história que João São Payo nos contou passou-se numa localidade do distrito da Guarda que já não consegue identificar, no final dos anos 90.

O concerto era um dos primeiros que a banda fazia usando o sistema de emissor/receptor das guitarras. Ou seja, as guitarras não necessitavam de “jack” para se fazerem ouvir nos amplificadores.

Quando o concerto terminou, estando os membros já descontraídos no camarim, surgiu o agente local que tinha comprado o espectáculo, que se recusava a pagar o “cachet” combinado. Tudo porque ele afirmava que tinha contratado o grupo para tocar ao vivo e não em “play-back”. Claro, se ele não via os fios ligados das guitarras aos amplificadores, como é que os músicos poderiam ter estado a tocar? Aquilo só podia ter sido feito em “play-back”.

Apesar das explicações dos músicos, que duraram mais de meia hora, o agente não se convenceu.
Foi, então, necessário recorrer a um “roadie” que foi à carrinha e trouxe uma guitarra, um amplificador e um sistema de “wireless” e os voltou a montar.

Os músicos deram a guitarra ao agente e ele próprio pôde verificar que os músicos não estavam a mentir. Ele passava os dedos nas cordas da guitarra e, sem nenhum fio ligado, conseguia-se ouvir o som da mesma no amplificador.

O agente, com os olhos esbugalhados de espanto, só repetia: - Oh, cargo! Que coisas do carago!!

Os músicos, à socapa, fartaram-se rir com o que dizia e fazia esse agente “totó”.

Para recordar (um dos temas mais icònicos do grupo):


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