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Por António Jorge 


 O Verão e os seus inúmeros Festivais está a meio. Eu aqui curvado sobre uma redonda mesa, embora o medo de mesas quadradas é uma cena que a mim não me assiste, lá vou tentando resistir a mais uma ida para ver ou rever este ou aquela. É que já são milhares de decibéis, algumas noites brancas com bolas de poeiras e melgas em conformidade, pouca água, cerveja cara, mas: sim, desta vez é um mas, em bom! Os cartazes, são na sua maioria de várias estrelas, quer pela variedade da oferta, quer pela enorme qualidade dos nomes presentes. Assim de repente vim do Meco apaixonado pelas novas canções dos Elbow, e sem surpresas sou hoje mais fã dos portugueses Paus, de Aloe Blacc (será que “I need a dollar” foi inspirado na capa de Nevermind dos Nirvana?) e dos Arcade Fire; que puderam enfim celebrar a prometida festa há seis meses atrás. Um único se não; desta vez não consegui cruzar-me com Ron Wood, ele que afinal veio mesmo ao Meco (embora à civil e sem guitarra) na comitiva do amigo Slash. Outro ilustre guitarrista, Zé Pedro merece um enorme Like. Regressou no ALive, de branco vestido e em grande forma. Festivais à parte (cada vez mais à La Carte), ando a descobrir os novos álbuns dos Paus, de Chico Buarque e dos Fleet Foxes. A surpresa veio de Pablo Dylan (sim, é neto do Cardeal).


 Estão disponíveis para download legal, dez faixas de verdadeiro Hip Hop, que segundo Pablo têm obviamente influência do avô. No dia 13 celebrou-se um pouco por todo o Mundo, o dia do Rock N’ Roll e a 23, o Google, essa cristalina cortina que nos revela o Mundo, homenageou Amália no seu logótipo. Como diria Saramago,” as boas ideias não têm idade”. Por falar na Diva, este ano os prémios Amália nas categorias Carreira e Música Popular, são de Maria Amélia Proença e dos Deolinda, respectivamente. Julho foi também um mês simpático para Rihanna e Adele. A popularidade no Face Book da norte-americana ultrapassou a de Lady Gaga e a britânica bateu mais um record. Desta vez , Adele é a primeira cantora em 40 anos a manter-se na liderança de uma tabela durante dezoito semanas consecutivas. A anterior marca era da banda sonora do filme Grease.

Na expectativa - a confirmação da Tour mundial dos Radiohead, os novos álbuns dos Ciganos D’ouro , Sérgio Godinho e também do novo projecto do ex-Blur, ex-Mali Music, ex-Gorillaz e ex-futuro qualquer coisa Damon Albarn. A nova aventura é com músicos do Congo. Sem espírito festivaleiro, hoje à noite, sábado, 30 de Julho, desço à Praça do Comercio, em Lisboa, para ver Joss Stone, Sara Tavares e X-Wife. Amanhã Domingo, talvez suba até ao Parque da Bela Vista, cidade do Rock de dois em dois anos, para rever (outra vez?) Bon Jovi. Tudo isto se o meu amigo MM (Manel Motard) chegar ainda hoje de Faro. Esteve há duas semanas com os Iron Maiden e os Xutos, naquela que é já a maior concentração Motard da Europa, mas ainda não conseguiu descobrir onde deixou a mota.

Momento Zé(n) do mês – “alguns videntes dizem que ele (Ingmar Bergman) é o meu anjo da guarda”.Lykke Li dixit.

O próximo Festival segue dentro de momentos, mas jamais; jamais teremos Amy Winehouse.

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