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O sedento senhor Bauhaus
De porte esguio e elegante, pele branca como a de um vampiro e uma voz grave e profunda, Peter Murphy é considerado o padrinho da música gótica. Este senhor, oriundo de Inglaterra, é o ícone musical dos anos 80 e ficou conhecido por ser o vocalista da famosa banda Bauhaus.
Por Ana Luísa Silva
Originalmente publicado a 7 de Outubro de 2010
Originalmente publicado a 7 de Outubro de 2010
Com uma poesia melancólica, muitos críticos reprovam a sua música por ser demasiado metafórica e por utilizar demasiados “apetrechos” religiosos e metafísicos.
É ainda na sua juventude, que Murphy conhece Daniel Ash, David J. e David Haskins no Colégio e decide formar os Bauhaus. O primeiro álbum , “Bela Lugosi is Dead" , é gravado em 1979, convertendo-se numa das formações musicais impulsionadoras do sinistro movimento after-punk, juntamente com bandas como os Joy Division.
São os primeiros álbuns “In The Flat Field” (1980) e “Mask” (1981) que fazem com que os Bauhaus alcancem um grande número de seguidores e passem a fazer parte da lista independente de êxitos britânicos, feito que lhes permitiu expandir popularidade por toda a Europa e grande parte do continente americano.
Devido ao elevado aumento de popularidade de Murphy, e ao facto de ter dado a cara pela marca Maxell numa campanha publicitária, o resto dos elementos da banda começam a irritar-se por estarem a ser postos para segundo plano pelos meios de comunicação social.
É então durante a gravação do quarto álbum, “Burning From The Inside”, que se dá o fim dos Bauhaus. Uma forte pneumonia pôs Murphy um pouco de lado, o que deu a oportunidade aos restantes elementos da banda de terminarem o álbum sem qualquer consentimento do líder.
1985 marca o ano de início de uma carreira a solo. "Should the World Fail To Fall Apart" é o nome do primeiro álbum do cantor em 1986. Contudo, nem o single “Final Solution” nem o álbum, conseguem atingir a popularidade que Murphy esperava, servindo, no entanto, para abrir um trilho no mercado americano.
Em 1987 o músico conhece o teclista Paul Statham , que acabará por ser o seu grande colaborador no que diz respeito a composições até ao ano de 1995. Em 1988 edita o seu primeiro disco de êxito , “Love Hysteria”.Um trabalho comercial e muito mais pop. “All Night Long” é o primeiro single a ser extraído do álbum que atinge uma popularidade exorbitante devido ao canal musical MTV.
Depois de uma pequena digressão pelos EUA e Europa durante 1988 e 1989, Murphy alcança o seu máximo êxito comercial com o álbum “Deep”, editado em inícios de 1990.
E são os anos 90 que desenham um Peter Murphy vestido de couro preto e cabelo louro platinado e que lhe voltam a dar outro sucesso, desta vez com “Strange Kind of Love” , editado em três versões diferentes e que levam Murphy a converter-se ao islamismo , centrando domicílio permanente na Turquia.
Com a edição de “Holy Smoke” em finais de 1992 o cantor já não consegue atingir o derradeiro êxito de “Deep”, em parte devido à onda grunge que se tinha alastrado pela veia musical. Outra causa para o pouco êxito do cantor, deveu-se à má coordenação da editora na escolha das músicas que serviriam de singles. Murphy volta a desaparecer.
Em 1995 o cantor edita “Cascade”, sendo esta a sua última colaboração com o compositor Paul Statham. O disco produzido pelo aclamado Pascal Gabriel mostrava um lado mais comercial e electrónico do cantor, mas nem isso fez com que o êxito aumentasse. Nem a famosa “The Scarlet Thing In You” dos The Cure ou a “I’ll Fall With Your Knife” tiveram uma grande evolução na lista de singles com êxito.
Em 2008 o cantor esteve no nosso país, actuando na primeira noite do Festival Marés Vivas em Gaia. Aí, miúdos e graúdos deliciaram-se com os temas mais conhecidos e desejados de Murphy. Nessa noite o vampiro evocou todo o seu passado musical levando ao rubro quem estava presente.
E 2011 é sinónimo de um grande ano para o "sr. Bauhaus" , que regressou em força com o album Ninth, do qual o viciante "I spit Roses" faz parte :
E 2011 é sinónimo de um grande ano para o "sr. Bauhaus" , que regressou em força com o album Ninth, do qual o viciante "I spit Roses" faz parte :
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