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Documentário “When you’re strange: a Film about the Doors”


“When you’re strange… No one remembers your name.” Jim Morrison morreu há 40 anos, tornando a sua vida e dos Doors num mito lendário da música mundial. Todos conhecemos o afamado filme de Oliver Stone, que ficou marcado pelas parecenças físicas e brilhantes interpretação de Val Kilmer como Jim Morrison. Contudo, hoje falamos de um documentário estreado em 2009 “When You’re Strange: A Film About The Doors”, trabalho foi escrito e realizado por Tom DiCillo , recuperando material do filme que Jim Morrison fez em 69: HWY: An American Pastoral.

Por Júlia Rocha

O teclista dos Doors, Ray Manzarek veio dizer que esta é a verdadeira história da banda e que é completamente o contrário do filme de Oliver Stone, que muitos fãs dos Doors abominam, alegando mentiras.


Este documentário percorreu diversos festivais de cinema, como o Sundance (onde estreou), o Festival de Berlim e Los Angeles, Londres e esgotou salas no Festival de Cinema de Santa Barbara nos EUA. Um documentário absolutamente dirigido para grandes fãs dos Doors, e jovens estreantes que se identifiquem com a música dos anos 60. O produtor Dick Wolf, declarou lembrar-se da compra do primeiro álbum dos Doors e como ouviu todas as faixas dos dois lados do disco vezes e vezes seguidas. O renascer dos anos 60 e do rock que mudaria o mundo está presente nesta obra incontornável.

O filme é narrado pelo realizador Tom DiCillo e pelo actor Johnny Depp (só a partir do Festival de Los Angeles), contendo imagens nunca vistas dos bastidores do grupo norte-quatro jovens músicos (Jim Morrison, John Densmore, Robby Krieger e Ray Manzarek) sentiam. Um documentário rock’n’roll, em que o actor teve a honra de estar envolvido.

As imagens utilizadas foram filmadas deste a formação da banda até à morte de Morrison em 1971. A bando sonora é inteiramente composta por êxitos dos Doors. Robby Krieger, assim como Manzarek elogiou esta obra,  destacando-a do biopic de Oliver Stone. Apesar de ter gostado da performance de Val Kilmer, não apreciou o guião, ao considerar que não captava Jim Morrison na sua essência. 


Os membros da banda ainda vivos tomaram a decisão de se manterem afastados do projecto, para o realizador ser capaz de atingir aquilo que era necessário e permitido através de um olhar estranho e exterior à banda. Depois de estrear no canal americano PBS, o documentário foi nomeado para um Emmy e para um Grammy (Best Long Form Video). Veio a ganhar este último em Fevereiro de 2011.




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