Patrick Wolf
Optimus Alive 2011 (6/Julho), algumas notas…
Chegou ao fim mais uma edição do festival Optimus Alive. Para o ano regressa o formato de três dias que tem pautado este evento desde a sua estreia em 2007. Não sendo possível assistir à totalidade do evento, fiquei-me pelo primeiro dia, já que o objectivo principal era ver Blondie. Tendo falhado o concerto destes em 1999 na Praça Sony, era com alguma expectativa que aguardava para ver uma das bandas que marcaram a cena post-punk nova-iorquina. Na crónica de hoje vou apresentar algumas notas que escrevi sobre o primeiro dia do festival, a começar precisamente pela banda de Debbie Harry.
Por Bruno Vieira
Blondie
“O concerto de Blondie foi um misto de sentimentos. O interesse era muito, dado terem sido uma banda referência do movimento post punk, cheia de sucesso, mas também sabia que a sua importância jamais seria valorizada por um público que maioritariamente queria ver Coldplay. Debbie Harry apresentou-se numa indumentária ridícula e terminou em beleza, lutando pelo público a pulso como se do primeiro concerto se tratasse. No início os problemas de som não ajudaram, mas uma vez corrigidos permitiram uma actuação competente e segura. Os anos podem pesar na maioria dos membros da banda, mas nem por isso o concerto que deram deixou de ser uma agradável e interessante experiência”.
Coldplay
“Embora não tenham tocado temas como Speed Of Soud, Talk ou The Hardest Part, não foi por isso que os britânicos deixaram de protagonizar o momento alto da noite. Não sendo propriamente uma das minhas bandas de eleição, estava apesar de tudo curioso de os ver a fim de formular a minha própria opinião. Chris Martin e companhia excederam as minhas expectativas com uma performance convincente. Ao longo dos últimos dez anos os Coldplay têm feito bem os trabalhos de casa e bem merecem a recepção que tiveram no passeio marítimo de Algés. Sem problemas técnicos a reportar, bom som, efeitos visuais de encher o olho (mas sem exageros) e uma actuação segura da banda ditaram um concerto sem grandes surpresas. Mesmo antes das primeiras canções, o público já estava conquistado”
“Patrick Wolf esteve simplesmente surpreendente no palco Super Bock do Optimus Alive. Embora não tenha assistido a totalidade do concerto, tudo o que eu pensava deste músico londrino confirmou-se. As expectativas só não foram excedidas porque simplesmente era o que eu estava à espera de ver. A sua excentricidade não foi exagerada, numa actuação competente e segura (valorizada pelo instrumental clássico), com grande entrega, bom som e uma generosa dose de simpatia. Patrick Wolf é de facto um músico bastante completo, sendo um valor seguro do pop alternativo dos últimos anos”
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