Por António Jorge
Quinta-feira, 30 de Junho, aqui estou eu na Alameda D. Afonso Henriques em Lisboa, e ao som de Carlos do Carmo, Camané, Cristina Branco e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, faço um pequeno exercício e olho para o que foi este instável mês seis. Entre um caldo verde e uma sardinha é com enorme prazer (não, não tem a ver com o sabor colorido da sopa) que vi o enorme Leonard Cohen receber o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras. Talvez a Academia Sueca ganhe finalmente vontade (não gosto do termo coragem) para um destes dias atribuir um Nobel a Bob Dylan. Quem sabe!
Na Broadway e depois de vários anos de adiamento, devido aos mais variadíssimos problemas, mas também por causa da complicada agenda dos U2, lá subiu finalmente ao palco do popular Foxwoods Theatre, o mais caro musical da história. Spider Man turn of the Darkness, tem a assinatura de Bono e The Edge e tem também o actor/cantor Reeve Carney, (líder dos até agora desconhecidos Carney) nas vozes de (Rise Above), primeiro single da Banda sonora do Musical. Convencidíssimo!
Por esta altura já não temos dúvidas que Junho e Julho são sinónimos de Festivais disto e daquilo. Já lá vão o Festival Silêncio, o GSM Fest’11, o Reggae Fest Gaia, o Festival MED, o Sumol Summer Fest e mais uns tantos. Sem recuperar o fôlego e às vezes o tão desejado sono e banho, vêm aí o Festival de Sintra, o festival ao Largo, o delta Tejo, o Cool Jazz Festival, o Optimus Alive! 11, o SBSRock, o Marés Vivas, o Andanças e tantos outros.
Pelo meio de todas estas pulseiras, packet’s, tendas e muito pó, o revivalismo 80’s continua a provocar e a desafiar os ex jovens que agora (mais grisalhos) se reúnem em festas do tamanho dos melhores anos das suas vidas. Dizem eles! Bem, mas passaram por cá os Asia e imagine-se os DAD e vêm ai (upa, upa), os Duran Duran. Os Queen já não podem vir, mas até ao final deste ano, vão acontecer várias iniciativas à volta dos 40 anos de carreira de uma das mais bem sucedidas e inspiradoras bandas da cultura popular.
Está a caminho da mesa, a primeira dúzia de pequenas sardinhas, aproveito então para relembrar que a nova versãode “Cais”, já está disponível on-line. O tema que apareceu originalmente no álbum Mosquito dos GNR reaparece agora com nova sonoridade em “ Vôos Domésticos”, disco que assinala os 30 anos de carreira da mítica banda nacional. Vão aparecer DVD’s, concertos nos Coliseus nacionais e muita atenção porque “Defeitos Especiais, 1984”, álbum incontornável da banda portuense, nunca editado em CD, vai finalmente estar disponível neste formato.
Ainda na língua de todos nós, são também vários os Likes para os álbuns “Gospeling, live@Centro Cultural de Belém, dos Shout, “Deus, Pátria e Família” de B-Fachada, “Perdidos e Achados” dos Classificados, “Venice” dos Fingertips, ainda “A Lua de Maria Sem”, de Alfredo Marceneiro e João Monge, com Maria João Luis e Manuela Azevedo e “Contos de Fados” de Aldina Duarte.E tempo e ouvidos para ouvir isto tudo?, Tem que haver. Para quem tem uma Zundap, (tem obviamente bom gosto), o álbum estreia dos “ You Can’t Win Charlie Brown”, pode ser banda sonora perfeita.
Na expectativa, os novos de Bon Ivory e Bryan Eno e ainda o álbum estreia do actor (enorme) Jeff Bridges.
Frase do mês – a tecnologia muda todos os dias, mas o Punk é o mesmo. Marky Ramone dixit.
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