Avançar para o conteúdo principal

Táxi no Luso Vintage






Link da imagem 


O álbum de 1982 dos Taxi, “Cairo” marcou pela sua emblemática e inovadora capa para a época: uma lata de formato circular. Lá dentro vinha a canção que dá o nome ao álbum, interpretada pelo vocalista João Grande.

Por Júlia Rocha
Originalmente publicado a  18 de Outubro de 2010

Este álbum tornou-se uma espécie de peça de colecção não só pelo “embrulho metálico”, mas também pelo “desbravar” que os Taxi conseguiram levar a cabo na música portuguesa. O jornal Público considerou este registo discográfico como um dos melhores da música portuguesa de sempre. 

A banda portuense nasceu em 1979. Apesar de inicialmente cantarem em inglês, mudam para a língua de Camões depois de receberem uma proposta para gravar um disco, com a condição de cantarem em Português. 

A música “Cairo” começa por falar da vida da cidade egípcia propriamente dita, mas cada um pode fazer a sua interpretação de uma parte mais obscura da letra. 

As características apaixonantes da misteriosa cidade distante, são cantadas a um ritmo quase frenético. As influências da new wave fazem-se notar mas também há espaço para o pop/rock psicadélico. 

Além do vocalista João Grande, os o grupo era constituído por Henrique Oliveira, Rodrigo Freitas e Rui Taborda. A banda separou-se em 1987, mas entretanto já se foi reunindo algumas vezes em ocasiões especiais, lançando inclusive um álbum em 2009, intitulado “Amanhã”.

Para recordar:




Comentários

Mensagens populares deste blogue

Roquivários no Luso Vintage

Link da imagem O início da década de 80 ficou marcado pelo aparecimento de diversas bandas rock no panorama nacional. A causa foi o estrondoso sucesso do álbum de estreia de Rui Veloso “Ar de Rock” que abriu caminho para novas bandas emergirem. Umas singraram na cena musical, até aos dias de hoje, caso é dos Xutos & Pontapés, UHF ou GNR, enquanto outras ficaram pelo caminho, após algum sucesso inicial. Destas destacam-se os Roquivários que encontraram no tema “Cristina” o seu maior êxito junto do público.    Por Carmen Gonçalves A banda formou-se em 1981 no seguimento do “boom” da cena rock, sob o nome original de “Rock e Varius”. Esta designação pretendia reflectir as influências musicais que passavam por vários estilos, não se cingindo apenas ao rock puro e duro. A música pop, o reggae e o ska eram variantes fáceis de detectar no seu som, e que marcaram o disco de estreia , “Pronto a Curtir”, editado em 1981.   Apesar de a crítica ter sido dura com o trabalho

Pedro e os Apóstolos no Luso Vintage

Link da imagem O gosto pela música é universal, “Mesmo para quem não é Crente”, como diria Pedro e os Apóstolos, uma banda nascida em 1992 e que hoje tem o seu momento na rubrica Luso vintage do Som à Letra. Por Gabriela Chagas Pedro de Freitas Branco, um cantor, compositor e escritor português , que a par deste projecto ficou também conhecido por ter sido co-autor de uma colecção de aventuras juvenis, "Os Super 4", é o Pedro da história.   Reza a história que tudo começou numa tarde de Fevereiro de 1992, numas águas furtadas de Lisboa. O apóstolo Gustavo pegou nas congas, o apóstolo Soares ligou o baixo a um pequeno amplificador de guitarra, e o apóstolo Pedro agarrou na guitarra acústica. Não pararam mais nos quatro anos seguintes. Em 92 produziram eles próprios um concerto de apresentação aos jornalistas e editoras discográficas em Lisboa que despertou o interesse das rádios , que acreditaram no grupo. Em Julho de 1996 gravaram o seu primeiro disco, “Mesmo para

REM no vídeo do mês

 Link da imagem Decorria o ano de 1985 quando pela primeira vez se ouviu o tema “Bad Day” num concerto dos REM em Nova Iorque. Contudo , só 18 anos mais tarde foi editado, tendo surgido na compilação de 2003, “In Time: The Best of REM 1988-2003”. Ainda que originalmente produzida em meados da década de 80, esta música manteve-se actual, tanto no som, como na letra crítica à sociedade americana. Por Carmen Gonçalves Originalmente dominado de “PSA”, uma abreviatura para “Public Service Announcement”, este tema surgiu como uma crítica às políticas do presidente dos Estados Unidos, Ronald Regan. Embora não tenha sido editado, foi o mote para o lançamento em 1987 de “ It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine) ”, um tema com uma cadência similar, que teve um estrondoso sucesso. A parecença dos dois temas não se centra só na letra cáustica de crítica à sociedade americana. Ao escutarmos o ritmo e a sonoridade de ambas, não se pode deixar de verificar as