Avançar para o conteúdo principal

Espaço "The Indies"



Ultravox


Link da imagem


Electropop vs Electrorock 


No início dos anos 80 dois álbuns distinguiram-se no panorama musical da New Wave,  sendo ambos considerados obras de referência daquele período. E porquê? Estado a sonoridade pop/rock claramente sujeita à ditadura dos sintetizadores, “Dare!“ dos The Human League era o melhor exemplo da electrónica a dar forma à música pop, enquanto “Vienna“ dos Ultravox, o mesmo conceito,  mas em formado rock.

Por  Bruno Vieira
Originalmente publicado a  11 de Novembro de 2010

“Vienna“ de 1980 era o quarto disco dos Ultravox e o primeiro da era Midge Ure, enquanto que “Dare!“ era o terceiro dos The Human League e o primeiro em que participam Susanne Sulley e Joanne Catherall. Estes dois aspectos podem ter passado despercebidos à maioria das pessoas, mas acabariam por ser determinantes para o futuro das bandas, na medida em que foram os primeiros a conhecer um assinalável sucesso comercial e pelos quais os Ultravox e os The Human League são hoje conhecidos.

É claro que para um seguidor dos Ultravox da era John Foxx esta não é uma verdade muito conveniente, mas factos são factos, e a realidade é que os Ulltravox só ficariam verdadeiramente conhecidos do grande público com a entrada de Midge Ure. Quanto aos The Human League a questão é mais pacífica na medida em que Philip Oakey foi desde o início, em 1977, vocalista da banda.

Como já referi, as raparigas entraram a tempo de ser editado a obra-prima que foi “Dare!“. Até aqui a banda tinha tido apenas um relativo sucesso com o single “Empire State Human“ do álbum “Reproduction“ de 1979, e pouco mais. Embora o sucesso dos The Human League não se deva única e exclusivamente à entrada de Susanne e Joanne, a sua chegada acabaria por marcar a imagem do grupo, com as vozes femininas a adquirirem grande protagonismo.

Para melhor medir o sucesso de “Dare!“ e “Vienna“ teremos de recorrer à tabela de vendas britânica. Mais como termo de comparação do que como objectivo de eleger o melhor álbum, os números são os seguintes:

THE HUMAN LEAGUE 

ÁLBUM – Posição mais elevada (total de semanas)

DARE! – 1º (72) 


Singles – Posição mais elevada (total de semanas) 


The Sound of the Crowd – 12º (10) 
Love Action (I Believe In Love) – 3º (13) 
Open Your Heart – 6º (9) Don`t You Want Me – 1º (13) 


ULTRAVOX


ÁLBUM – Posição mais elevada (total de semanas) 


VIENNA – 3º (72)


Singles – Posição mais elevada (total de semanas)


Sleepwalk – 29º (11) 
Passing Strangers – 57º (4) 
Vienna – 2º (14) 
All Stood Still – 8º (10)

E agora, uma pequena viagem aos oitentas:




Comentários

Mensagens populares deste blogue

Pedro e os Apóstolos no Luso Vintage

Link da imagem O gosto pela música é universal, “Mesmo para quem não é Crente”, como diria Pedro e os Apóstolos, uma banda nascida em 1992 e que hoje tem o seu momento na rubrica Luso vintage do Som à Letra. Por Gabriela Chagas Pedro de Freitas Branco, um cantor, compositor e escritor português , que a par deste projecto ficou também conhecido por ter sido co-autor de uma colecção de aventuras juvenis, "Os Super 4", é o Pedro da história.   Reza a história que tudo começou numa tarde de Fevereiro de 1992, numas águas furtadas de Lisboa. O apóstolo Gustavo pegou nas congas, o apóstolo Soares ligou o baixo a um pequeno amplificador de guitarra, e o apóstolo Pedro agarrou na guitarra acústica. Não pararam mais nos quatro anos seguintes. Em 92 produziram eles próprios um concerto de apresentação aos jornalistas e editoras discográficas em Lisboa que despertou o interesse das rádios , que acreditaram no grupo. Em Julho de 1996 gravaram o seu primeiro disco, “Mesmo para ...

Citizen Kane na Máquina do Tempo

Link da imagem Texto original: Miguel Ribeiro Locução: Irene Leite Adaptação e Edição: Irene Leite

Aqui D´el Rock no Luso Vintage

Play Hard, die young   Link da imagem  Chegaram. Reinvidicaram.Terminaram. Foi assim o percurso dos Aqui D`el Rock, curto mas intenso. O grupo , formado há 34 anos,  fez escola no punk e acabou a fazer história no Boom do rock português nos anos 80. Para recordar no Luso Vintage desta semana.  Por Gabriela Chagas              Aqui d´el Rock viveu rápido e bem. Assim o descreve um dos seus membros, Óscar, a voz. “Nunca houve a questão de fazer uma carreira, uma repetição, um enjoo”, reforça.             Em conversa com o Som à Letra, Óscar explica que este grupo, que nasceu em 1977, acabou por ser reclamado pelo Punk, ficando mais próximo do punk de raiz americana do que do punk arty de raíz inglesa.  Uma caracterização que afirma ter sido reforçada recentemente com um comentário que leu numa publicação inglesa.      O...