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Girls na Dança do Som






O indie da banda Girls tem vindo sempre a ter boa música com tanta história por contar. Cada música, cada álbum é um produto de várias expriências que o vocalista Christopher Owen viveu. Só com dois albúns (“Album” e “Father, Son, Holy Ghost”) o New York Times já comparou a música deles com Elvis Costello, Buddy Holly, e os The Beach Boys. Para "Ouver", definitivamente.

Por Adriano Marques

Apesar do nome Girls, a banda norte-americana (de São Francisco, Califórnia) é liderada por dois homens: Christopher Owens e Chet "JR" White - cujas biografias incluem histórias de terem nascido em um culto separatista que proibia por assim dizer o acesso à música e a cultura mainstream. Grande parte da música de Girls nota-se claramente uma influência religiosa em músicas como “Hellhole Ratrace” e “Lust for Life”.



Para além das músicas que referi em cima, a verdade, é que grande parte do primeiro album (Album) é  um espelho de Owens. Com vários temas diversificados, as letras intemporais mostram as más relações e decisões que o vocalista teve perante a vida. O segundo álbum “Father, Son, Holy Ghost”, a meu ver, consegue ser mais maduro apesar de haver o drama habitual, e com temas como "Vomit" e "Honey Bunny" é praticamente impossível não admirarmos o seu talento, aliás, até
passaram a ser considerados pela Pitchfork como “as melhores músicas revelação”.


Com a música “Vomit” a voz de Owens torna-se mais atractiva pela sua vunerabilidade. A abordagem inicial parece no início uma pouco confusa, mas é fantástico a forma como ele passa uma mensagem transparente mesmo com as suas reflexões complicadas, e nisso eu chamo de talento e dedicação.

Estão quase em terras lusas: primeiro no Lux Frágil, em Lisboa, a 29 de Novembro; Porto, Casa da Musica, dia 30

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