Avançar para o conteúdo principal

Espaço You Got Mail





Rodrigo Leão
Link da imagem 

O Fado deixou finalmente de ser Lisboa e Portugal. O Fado é Mundo e o Mundo gosta


Por António Jorge 

E sem aviso prévio, este Novembro colorido e por vezes surpreendentemente quente, oferece-nos dois duetos que nos afagam as orelhas e o espírito e são ambos, verdadeiros antídotos contra todo o tipo de troikas. Nós que já vínhamos bem embalados com Susana Félix e Jorge Drexler (A Idade do Céu) achávamos que melhor seria difícil. Puro engano!
Carminho num registo surpreendente cruza-se com o espanhol PAULO Albarán e juntos permitem-nos respirar (mas pouco) com o apaixonante “ Perdoname “. Outros dois jovens, Márcia e o Camaleão J.P. Simões não facilitaram e vai dai; “ A Pele que Há em Mim” – e neste caso Fernando Pessoa surge-nos à primeira audição. “Primeiro estranha-se...”. Gosto tanto!

É também este mês que se assinala o vigésimo aniversário de “Atchung Baby” e talvez por isso, Peter Frampton (sem dúvida que mais vale tarde) aterrou em Lisboa e no Pavilhão Atlântico fez questão de mostrar que não mudou quer de guitarra quer de Talk Box. A quase perfeita semelhança com o duplo ao vivo chegou a ser nalguns momentos perturbadora.


 Música  portuguesa com certeza e por isso, quarenta anos depois da primeira edição, “Guitarra Portuguesa” e “Movimentos Perpétuos” de Carlos Paredes foram editados na Europa. Um Like para os quarenta ilustradores portugueses que “desenharam” a sua marca em outras tantas canções de Sérgio Godinho e ainda outro para Fausto que chegou finalmente a bom porto com o mais recente “ Em Busca das Montanhas Azuis”. Vinte e nove anos depois de “Por este Rio Acima”.


 Já em espírito natalício, mesmo para quem conhece os Coliseus nacionais, os novos DVD’s dos Deolinda (na sala de Lisboa) e de Pedro Abrunhosa (na sala do Porto) são presentes a ter em conta. E seguindo o espírito (do crédito) já estão disponíveis no mercado, duas cerejas (dispensamos o bolo) em formato livro. As vidas (autorizadas) de Keith Richards e Steve Jobs.


Nos Europe Music Awards  Lady Gaga e os Queen (receberam o “Ícone Global”) foram as estrelas maiores, mas dias depois, mais a norte, os grandes vencedores da 39ª Edição dos American Music Awards foram Taylor Swift, Bruno Mars e claro, Adele.  A mais popular “bifa” britânica do momento acaba de “bater” mais uma marca; “21” é o primeiro álbum a vender mais de um milhão de cópias no ITunes. E sim, é Inverno, mas ainda se arranjam Festivais. 


Em Lisboa aconteceu o “Lisboa Mistura” sob o lema,” a periferia encontra-se no centro da cidade”e pasme-se, quarenta anos depois da 1ª Edição, o Cascais Jazz regressou. Sem o mítico Dramático, mas o espírito esteve bem vivo nas salas escolhidas. Mais um Like para o espectáculo por uma c.a (u) s.a. com alguns dos maiores nomes nacionais a favor da C.A.S.A. – Centro de Apoio aos sem Abrigo. Quase em modo feriado levo para casa os novos discos dos Buraka, do Palma, dos Ar de Rock do Zé Pedro, de Mayer Hawthorne e da Leopoldina. Mas alguém consegue ficar indiferentes aquelas tão felizes versões? “Indo eu indo eu...”

Britney Spears,  Ryuichi Sakamoto, Scorpions e os Yes também passaram por cá e para não variar, o nosso Ranger das Teclas, Rodrigo Leão brilhou ao mais alto nível no CCB, em Lisboa.

Na expectativa – Lioness : Hidden Treasures de Amy Winehouse (traz uma versão de Garota de Ipanema) e Rolling Stones Live in Brussels 73.

Momento Z (é) n- “ a diva está certa e temos que fazer música sem a chatear”. Keith Richards sobre Mick Jagger.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Citizen Kane na Máquina do Tempo

Link da imagem Texto original: Miguel Ribeiro Locução: Irene Leite Adaptação e Edição: Irene Leite

REM no vídeo do mês

 Link da imagem Decorria o ano de 1985 quando pela primeira vez se ouviu o tema “Bad Day” num concerto dos REM em Nova Iorque. Contudo , só 18 anos mais tarde foi editado, tendo surgido na compilação de 2003, “In Time: The Best of REM 1988-2003”. Ainda que originalmente produzida em meados da década de 80, esta música manteve-se actual, tanto no som, como na letra crítica à sociedade americana. Por Carmen Gonçalves Originalmente dominado de “PSA”, uma abreviatura para “Public Service Announcement”, este tema surgiu como uma crítica às políticas do presidente dos Estados Unidos, Ronald Regan. Embora não tenha sido editado, foi o mote para o lançamento em 1987 de “ It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine) ”, um tema com uma cadência similar, que teve um estrondoso sucesso. A parecença dos dois temas não se centra só na letra cáustica de crítica à sociedade americana. Ao escutarmos o ritmo e a sonoridade de ambas, não se pode deixar de ver...

Roquivários no Luso Vintage

Link da imagem O início da década de 80 ficou marcado pelo aparecimento de diversas bandas rock no panorama nacional. A causa foi o estrondoso sucesso do álbum de estreia de Rui Veloso “Ar de Rock” que abriu caminho para novas bandas emergirem. Umas singraram na cena musical, até aos dias de hoje, caso é dos Xutos & Pontapés, UHF ou GNR, enquanto outras ficaram pelo caminho, após algum sucesso inicial. Destas destacam-se os Roquivários que encontraram no tema “Cristina” o seu maior êxito junto do público.    Por Carmen Gonçalves A banda formou-se em 1981 no seguimento do “boom” da cena rock, sob o nome original de “Rock e Varius”. Esta designação pretendia reflectir as influências musicais que passavam por vários estilos, não se cingindo apenas ao rock puro e duro. A música pop, o reggae e o ska eram variantes fáceis de detectar no seu som, e que marcaram o disco de estreia , “Pronto a Curtir”, editado em 1981.   Apesar de a crítica ter sido dura c...