Avançar para o conteúdo principal

Zen no Luso Vintage



Zen no Noites Ritual
Foto/Irene Leite 


Corria o Verão de 1996 quando a cidade do Porto foi invadida por um novo ímpeto musical. Desenganaram-se aqueles que se iludiram com o nome da banda. Os ZEN surgiram com uma sonoridade algures entre o “rap-metal”, a fazer lembrar Rage Against the Machine, e o funk, e rapidamente conquistaram a crítica e os fãs.Para recordar, no Inovaluso desta semana.

Por Carmen Gonçalves

Formado por Rui Silva, Miguel Barros, André Hollanda e Jorge Coelho, o colectivo portuense alcançou a fama por ser uma das mais empolgantes bandas em actuações ao vivo. O disco de estreia “The Privilege of Making the Wrong Choice” de 1998, levou-os a tocar por todo o país, inclusive na edição desse ano do Festival de Paredes de Coura.
“11 AM” foi o primeiro tema a ser retirado do álbum, mas foi com U.N.L.O (The Urgency of Need Lingers On) que os ZEN cativaram o público. A música construída sobre a sonoridade da guitarra eléctrica e os dotes vocais de Rui Silva, foi talvez o maior do sucesso carreira dos ZEN.


Quando se esperava que lançassem o segundo disco, surgiu a notícia de um espectáculo no Hard Club, anunciando o fim da banda. Este concerto acabou por ser editado em CD em 2000, como aquele que se pensava ser a última actuação ao vivo dos ZEN. Nesta altura, Jorge Coelho abandonou o grupo sendo substituído por Deus Loura. O mesmo viria a acontecer no final de 2002 com Rui Silva que passou o testemunho a João Fino.


Com estas alterações e um novo fôlego, em 2004 foi editado o segundo registo de originais,  “Rules, Jewels, Fools”. Embora não tenha tido o sucesso do seu antecessor, este álbum comprovou o talento musical da banda, tendo em “Takin' Outside” o single de apresentação.



Este ano e após 13 anos sobre a edição do álbum de estreia, os ZEN estão de volta aos palcos, recuperando os temas de “The Privilege of Making the Wrong Choice”. Mais maduros , mas com a mesma energia, os ZEN estão preparados para devolver aos palcos nacionais o espírito frenético da década de 90, apostando em conquistar novos públicos e deixar um legado para novas gerações. 




Comentários

Mensagens populares deste blogue

Citizen Kane na Máquina do Tempo

Link da imagem Texto original: Miguel Ribeiro Locução: Irene Leite Adaptação e Edição: Irene Leite

Pedro e os Apóstolos no Luso Vintage

Link da imagem O gosto pela música é universal, “Mesmo para quem não é Crente”, como diria Pedro e os Apóstolos, uma banda nascida em 1992 e que hoje tem o seu momento na rubrica Luso vintage do Som à Letra. Por Gabriela Chagas Pedro de Freitas Branco, um cantor, compositor e escritor português , que a par deste projecto ficou também conhecido por ter sido co-autor de uma colecção de aventuras juvenis, "Os Super 4", é o Pedro da história.   Reza a história que tudo começou numa tarde de Fevereiro de 1992, numas águas furtadas de Lisboa. O apóstolo Gustavo pegou nas congas, o apóstolo Soares ligou o baixo a um pequeno amplificador de guitarra, e o apóstolo Pedro agarrou na guitarra acústica. Não pararam mais nos quatro anos seguintes. Em 92 produziram eles próprios um concerto de apresentação aos jornalistas e editoras discográficas em Lisboa que despertou o interesse das rádios , que acreditaram no grupo. Em Julho de 1996 gravaram o seu primeiro disco, “Mesmo para ...