Avançar para o conteúdo principal

Destaque do mês

The Smashing Pumpkins


Link da imagem


Depois de em 2007 estarem presentes na primeira edição do festival Optimus Alive, os Smashing Pumpkins estão de regresso a Lisboa para dois concertos de apresentação do álbum “Oceania”, que tem edição prevista para o início do próximo ano. 

Por Carmen Gonçalves 


Da formação original da banda resta apenas o vocalista Billy Corgan, mentor e compositor de grande parte dos temas que, na década de 90, levaram os Smashing Pumpkins ao sucesso. As música sombrias e com uma forte presença de guitarras, determinaram um estilo muito próprio, influenciado pelos mais diversos géneros musicais, que iam do rock progressivo à pop mais sonhadora. Ainda com traços da influência do grunge, que tinha emergido em força no início dos anos 90, os Smashing Pumpkins destacaram-se deste movimento e de bandas como Nirvana ou Pearl Jam, tendo alcançado o seu lugar no meio do rock mais alternativo.

Em 1991 a banda editou o seu primeiro álbum, “Gish”, que alcançou um grande sucesso entre os fãs, tendo conquistado o galardão de platina, com 1 milhão de cópias vendidas. Também a crítica rendeu-se ao álbum de estreia, que o considerou como um dos discos mais influentes do rock. O segundo álbum, “Siamese Dream” de 1993, ultrapassou os 4 milhões de cópias vendidas, confirmando o sucesso e a qualidade da música dos Smashing Pumpkins. Temas como “Today” e “Disarm” tornaram-se verdadeiros hinos e ainda hoje são considerados como exemplos do rock da década de 90 .


Após treze meses de tournée, Billy Corgan começou a compor músicas para o próximo álbum da banda. Com o material não editado e com estas novas composições, os Smashing Pumpkins reuniram temas suficientes para lançarem um álbum duplo. Com o amadurecimento da banda Billy Corgan percebeu que já tinham experiência suficiente para gravarem um trabalho que fosse representativo de uma geração, e assim, em 1995 foi editado “Mellon Collie And The Infinite Sadness”. Aclamado pela crítica pela sua ambição, foi considerado o melhor álbum do ano pela revista “Time” e venceu um Grammy pelo tema “Bullet With Butterfly Wings”.


Em 1998 foi lançado o quarto álbum de originais da banda. “Adore” marcou uma mudança de estilo significativa na sonoridade dos Pumpkins, substituindo a densidade das guitarras por sintetizadores. Esta mudança coincidiu com a saída do baterista Jimmy Chaberlim, tendo sido gravado com a ajuda de bateristas de estúdio e de baterias electrónicas. O grupo também modificou a sua imagem, trocando o visual desajustado alternativo por uma aparência mais discreta. Mas esta mudança não foi bem recebida pela crítica, que levou a considerar “Adore” como um fracasso de vendas no Estado Unidos. 

No ano de 2000 o lançamento de “Machina/The Machines of God” foi promovido como um regresso dos Pumpkins ao rock mais tradicional. Mas os conflitos da banda e o consumo abusivo de drogas, levou Corgan a anunciar a decisão do rompimento no final da digressão.  O último álbum da banda intitulado “Machina II/The Friends & Enemies of Modern Music foi lançado em Setembro desse ano, numa edição limitada e distribuído em formato digital na internet.

Após sete anos de silêncio , Corgan reuniu novamente a sua banda para uma digressão que passou por Lisboa, mas da formação inicial o único membro a juntar-se a Corgan foi Chamberlin. Desta nova formação resultou um novo registo de originais que chegou às lojas em Julho de 2007. “Zeitgeist” teve entrada directa para o segundo lugar de vendas, indicando que os fãs há muito desejavam o regresso dos Pumpkins. 
Em 2010 Corgan e a sua banda criaram um projecto para o lançamento de um álbum digital. O resultado foi “Teargarden by Kaleidyscope”, um conjunto de temas originais que foram lançados à medida da criação dos mesmos, tendo sido lançado em formato físico e originando vários EP’s.

Este ano, e para comemorar os vintes anos sobre a estreia de edição discográfica, os Smashing Pumpkins reeditaram “Gish” e “Siamese Dream”. Cada álbum contém duas versões, uma composta apenas pelo disco original remasterizado e uma outra que contém, além do álbum, um outro CD com material inédito, versões e misturas, um DVD ao vivo, postais e fotografias.

Para 2012 é esperado o novo registo de originais, “Oceania”, que a banda de Corgan oferece como prenda de Natal antecipada ao fãs portugueses, em dois concertos agendados para o  Campo Pequeno. Vinte anos depois, os Smashing Pumpkins impulsionados por Billy Corgan, prometem continuar a ter a energia e o espírito alternativo que agitou a rock da década de 90.



Comentários

Mensagens populares deste blogue

Roquivários no Luso Vintage

Link da imagem O início da década de 80 ficou marcado pelo aparecimento de diversas bandas rock no panorama nacional. A causa foi o estrondoso sucesso do álbum de estreia de Rui Veloso “Ar de Rock” que abriu caminho para novas bandas emergirem. Umas singraram na cena musical, até aos dias de hoje, caso é dos Xutos & Pontapés, UHF ou GNR, enquanto outras ficaram pelo caminho, após algum sucesso inicial. Destas destacam-se os Roquivários que encontraram no tema “Cristina” o seu maior êxito junto do público.    Por Carmen Gonçalves A banda formou-se em 1981 no seguimento do “boom” da cena rock, sob o nome original de “Rock e Varius”. Esta designação pretendia reflectir as influências musicais que passavam por vários estilos, não se cingindo apenas ao rock puro e duro. A música pop, o reggae e o ska eram variantes fáceis de detectar no seu som, e que marcaram o disco de estreia , “Pronto a Curtir”, editado em 1981.   Apesar de a crítica ter sido dura com o trabalho

Pedro e os Apóstolos no Luso Vintage

Link da imagem O gosto pela música é universal, “Mesmo para quem não é Crente”, como diria Pedro e os Apóstolos, uma banda nascida em 1992 e que hoje tem o seu momento na rubrica Luso vintage do Som à Letra. Por Gabriela Chagas Pedro de Freitas Branco, um cantor, compositor e escritor português , que a par deste projecto ficou também conhecido por ter sido co-autor de uma colecção de aventuras juvenis, "Os Super 4", é o Pedro da história.   Reza a história que tudo começou numa tarde de Fevereiro de 1992, numas águas furtadas de Lisboa. O apóstolo Gustavo pegou nas congas, o apóstolo Soares ligou o baixo a um pequeno amplificador de guitarra, e o apóstolo Pedro agarrou na guitarra acústica. Não pararam mais nos quatro anos seguintes. Em 92 produziram eles próprios um concerto de apresentação aos jornalistas e editoras discográficas em Lisboa que despertou o interesse das rádios , que acreditaram no grupo. Em Julho de 1996 gravaram o seu primeiro disco, “Mesmo para

Espaço "Rock em Portugal"

Carlos Barata é membro da Ronda dos Quatro Caminhos, uma banda de recriação da música tradicional portuguesa, que dispensa apresentações. Nos anos 70 do século XX foi vocalista dos KAMA- SUTRA, uma banda importantíssima, que, infelizmente, não deixou nada gravado. Concedeu-nos esta entrevista. Por Aristides Duarte  P: Como era a cena Rock portuguesa, nos anos 70, quando era vocalista dos Kama - Sutra e quais as bandas de Rock por onde passou?   R: Eu nasci em Tomar, terra que, por razões várias, sempre teve alguma vitalidade musical. Aí comecei com um grupo chamado “Os Inkas” que depois se transformou na “Filarmónica Fraude” com quem eu gravei a “Epopeia”, seu único LP. Quando posteriormente fui morar para Almada fui para um grupo chamado Ogiva, já com o Gino Guerreiro que foi depois meu companheiro nas três formações do Kama -Sutra. São estas as formações mais salientes a que pertenci embora pudesse acrescentar, para um retrato completo, outras formações de mais curt