Avançar para o conteúdo principal

Cine à Letra-Dezembro



Melancholia



Chegámos a Dezembro, que como todos sabem, é a altura festiva de eleição para muitas pessoas com o Natal e o Réveillon no horizonte, altura de dar presentes às pessoas que amamos e de pedir para que o próximo ano seja (além de um melhor ano para todos nós) um ano fantástico para o Cinema. Vejamos que presentes estão guardados para nós nas próximas semanas.


Por Miguel Ribeiro

Começamos pelos filmes que aproveitam esta altura festiva para nos trazer um pouco de nostalgia e para justificar uma ida ao cinema para que possamos nos divertir e entreter um pouco sem pensar muito. Para começar, O Rei Leão regressa aos cinemas, uma das últimas grandes obras de animação da Disney e a primeira a ser dobrada em português, volta agora em 3D e promete apaixonar uma nova geração que ainda não conhece esta excelente obra. No capítulo da animação sugerimos também Happy Feet 2 e O Gato das Botas, ambos continuações de franchises já conhecidos embora O Gato das Botas aproveite esta cómica personagem dos filmes Shrek e a explore mais a fundo, originalmente com Antonio Banderas no papel do famoso gato

Embora esta seja uma época festiva, encontramos também filmes que se afastam deste ambiente colorido. Lars von Trier regressa agora com o filme Melancholia, um drama de reflexão sobre duas irmãs e a sua díficil relação, mas que como em qualquer filme de Lars von Trier, esperem várias camadas de análise num filme que ganhou vários prémios em Cannes que vale a pena ver, pese embora o seu tom angustiante e depressivo, um filme que conta com actores como John Hurt, Kirsten Dunst e Kiefer Sutherland. Dentro do registo thriller para os que procuram algo com mais acção encontramos já nos cinemas A Dívida, um thriller de espionagem que conta com grandes actores como Tom Wilkinson, Helen Mirren e Jane Goldman .Destaque também para  Anónimo do realizador Roland Emmerich, um filme que especula sobre o verdadeiro escritor de todas as grandes peças e romances sobe o nome de William Shakespeare, um filme com muita intriga política e perfeito para fãs de teorias da conpiração. Noutro registo temos Drive, filme em que o actor Ryan Gosling interpreta um duplo de cinema perito em condução que usa as suas capacidades para ajudar em fugas após assaltos, merecedor de muita da crítica positiva que recebeu e tem recebido, inclusive em Cannes, e que já se encontra nos cinemas.

A chegar às salas portuguesas a partir de 22 de Dezembro temos O Diário a Rum com Johnny Depp no papel principal, mas que conta também com um elenco de luxo com actores como Aaron Eckhart e Giovanni Ribisi, um filme baseado num romance escrito pelo grande Hunter.S.Thompson, autor que de resto já foi interpretado em duas obras anteriores (Where The Buffalo Roam, Fear and Loathing in Las Vegas) uma das quais tinha também Johnny Depp no papel principal, um filme que conta a estória de um jornalista que vai trabalhar para um jornal nas Caraíbas, mas onde os seus vícios de drogas, alcóol e mulheres permanecem enquanto se envolve com um dos homens mais poderosos da ilha; contem com uma narrativa extremamente rica e excelentes interpretações. 

Para acabar, menção a outros filmes que vão surgir mais para o fim do mês: Apollo 18, um filme de ficção científica com dose de terror e suspense, que tem recebido críticas favoráveis para quem é fã de obras similares como por exemplo Alien de Ridley Scott; Roman Polanski regressa com O Deus da Carnificina, uma obra filmada quase inteiramente durante a altura da sua prisão domiciliária na Suiça e com as interpretações de actores como John C. Reilly, Jodie Foster e Kate Winslet, onde a narrativa aborda dois casais que se encontram para discutir a luta em que os filhos dos mesmos se envolveram, uma comédia com tons negros de um dos grandes mestres do Cinema; para terminar e embora hajam mais filmes merecedores de atenção, sugerimos uma comédia de nome Ano Novo, Vida Nova! que aproveita a aproximação do Réveillon para atrair espectadores, filme que aborda as relações, com promessas de amor, perdões, risos e tristeza próprias deste tipo de filmes e que conta com actores como Ashton Kutcher, Jessica Biel, Robert De Niro e Zac Efron.

Do Som à Letra desejamos a todos um feliz Natal e um excelente ano para todos com muito Cinema à mistura. Divirtam-se!



Comentários

Mensagens populares deste blogue

Roquivários no Luso Vintage

Link da imagem O início da década de 80 ficou marcado pelo aparecimento de diversas bandas rock no panorama nacional. A causa foi o estrondoso sucesso do álbum de estreia de Rui Veloso “Ar de Rock” que abriu caminho para novas bandas emergirem. Umas singraram na cena musical, até aos dias de hoje, caso é dos Xutos & Pontapés, UHF ou GNR, enquanto outras ficaram pelo caminho, após algum sucesso inicial. Destas destacam-se os Roquivários que encontraram no tema “Cristina” o seu maior êxito junto do público.    Por Carmen Gonçalves A banda formou-se em 1981 no seguimento do “boom” da cena rock, sob o nome original de “Rock e Varius”. Esta designação pretendia reflectir as influências musicais que passavam por vários estilos, não se cingindo apenas ao rock puro e duro. A música pop, o reggae e o ska eram variantes fáceis de detectar no seu som, e que marcaram o disco de estreia , “Pronto a Curtir”, editado em 1981.   Apesar de a crítica ter sido dura com o trabalho

Pedro e os Apóstolos no Luso Vintage

Link da imagem O gosto pela música é universal, “Mesmo para quem não é Crente”, como diria Pedro e os Apóstolos, uma banda nascida em 1992 e que hoje tem o seu momento na rubrica Luso vintage do Som à Letra. Por Gabriela Chagas Pedro de Freitas Branco, um cantor, compositor e escritor português , que a par deste projecto ficou também conhecido por ter sido co-autor de uma colecção de aventuras juvenis, "Os Super 4", é o Pedro da história.   Reza a história que tudo começou numa tarde de Fevereiro de 1992, numas águas furtadas de Lisboa. O apóstolo Gustavo pegou nas congas, o apóstolo Soares ligou o baixo a um pequeno amplificador de guitarra, e o apóstolo Pedro agarrou na guitarra acústica. Não pararam mais nos quatro anos seguintes. Em 92 produziram eles próprios um concerto de apresentação aos jornalistas e editoras discográficas em Lisboa que despertou o interesse das rádios , que acreditaram no grupo. Em Julho de 1996 gravaram o seu primeiro disco, “Mesmo para

Espaço "Rock em Portugal"

Carlos Barata é membro da Ronda dos Quatro Caminhos, uma banda de recriação da música tradicional portuguesa, que dispensa apresentações. Nos anos 70 do século XX foi vocalista dos KAMA- SUTRA, uma banda importantíssima, que, infelizmente, não deixou nada gravado. Concedeu-nos esta entrevista. Por Aristides Duarte  P: Como era a cena Rock portuguesa, nos anos 70, quando era vocalista dos Kama - Sutra e quais as bandas de Rock por onde passou?   R: Eu nasci em Tomar, terra que, por razões várias, sempre teve alguma vitalidade musical. Aí comecei com um grupo chamado “Os Inkas” que depois se transformou na “Filarmónica Fraude” com quem eu gravei a “Epopeia”, seu único LP. Quando posteriormente fui morar para Almada fui para um grupo chamado Ogiva, já com o Gino Guerreiro que foi depois meu companheiro nas três formações do Kama -Sutra. São estas as formações mais salientes a que pertenci embora pudesse acrescentar, para um retrato completo, outras formações de mais curt