Estávamos no início do novo milénio quando, na cidade Invicta, as festas electro do Club Kitten no Triplex eram o hype da noite portuense, introduzindo o electroclash no cartaz da diversão nocturna e conquistando uma sólida base de atentos simpatizantes. Da popularidade a solo até à formação dos X-Wife foi só um pequeno salto.
Por Susana Terra
João Vieira a.k.a. DJ Kitten (voz, guitarra), Fernando Sousa (baixo) e Rui Maia (sintetizadores, bateria, drum machine) são o trio que constitui os X-Wife. Juntaram-se em 2002 e consideram-se herdeiros da tradição pós-punk dos Suicide ou dos Gang of Four e conquistaram mesmo o ouvido e a devida vénia de James Murphy (LCD Soudsystem). No espaço de praticamente 9 anos, os X-Wife lançaram o EP Rockin’ Rio (2003) e os álbuns Feeding the Machine (2004), Side Effects (2006) e Are you ready for the Blackout? (2008).
Aquando do lançamento de Rockin’ Rio, este trio alcançou de imediato notoriedade nos “mercados” musicais, não só pela frescura do estilo, da electro ao rock e tocando inevitavelmente o punk e os pungentes ritmos de dança, como ainda pela composição lírica das canções e das prestações a título individual dos DJs Kitten e Rui Maia.
No passado mês de Março, os X-Wife concluíram as gravações do seu novo álbum “Infectious Affectional”, do qual já podemos ouvir o contagiante single “Keep on Dancing”, um tiro certeiro na consolidação da carreira do grupo.
“Infectious Affectional” mantém a linha da sonoridade dançável alimentada pelo cenário pós-punk. Os X-Wife são, aliás, a única banda portuguesa capaz de ombrear com os grandes nomes internacionais deste género musical. Prova disso são as centenas de concertos já dados na Europa e EUA, os muitos convites para mais e o reconhecimento da crítica e, sobretudo, da crescente legião de fãs. Portanto, há que dar o devido valor à prata da casa, seja em trio ou a título individual.
“Infectious Affectional” está quase, quase a sair para o mercado. Enquanto isso, ouvidos atentos e “Keep on Dancing”.
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