Leonard Cohen é, antes de cantor, um poeta. E isso é visível em “Suzanne”. A voz profunda e carregada de Cohen dá um simbolismo extra a esta música, que é uma das criações do cantor canadiano com mais covers.
Por Júlia Rocha
Numa entrevista à BBC, Leonard Cohen declarou que a música é sobre o encontro com Suzanne Verdal, na altura, a mulher de um famoso escultor, Arman Vaillancourt, na cidade de Montreal. Leonard era amigo deste escultor.
Aliás, muitos dos versos da canção descrevem alguns elementos da cidade, como o rio. Aliás, nesta entrevista, de 1994 diz Cohen: “I knew it was a song about Montreal, it seemed to come out of that landscape that i loved very much in Montreal”. Podemos dizer que a presença feminina ajudou a adornoar a cidade canadiana.
Suzanne Verdal foi mais tarde entrevistada pela Canadian Broadcasting Company News, em 2006, sobre a música. Declarou nunca ter tido qualquer tipo de relação com Cohen, como a canção parece insinuar: “We were never lovers of the flesh, but on a very deep level we were.”.
O próprio autor assumiu que nada aconteceu, mas não escondeu o fascínio que sentiu por esta mulher quando a conheceu.
Suzanne Verdal, diz já se ter encontrado com Leonard Cohen duas vezes após o lançamento e consequente sucesso da música, mas que este não se dirigiu a ela, ou que possivelmente nem sequer a reconheceu. A letra aparece pela primeira vez no livro “Parasites of Heaven” lançado por Leonard Cohen em 1966.
Para além da versão de Cohen, há muitas versões de “Suzanne”. As mais reconhecidas são de Noel Harrison, Nina Simone, Neil Diamond e até Bruce Springsteen já a terá tocado pelo menos uma vez em concerto. A primeira gravação de “Suzanne” não foi feita por Cohen, mas sim por Judy Collins em 1966. O poeta canadiano viria a lança-la no seu primeiro álbum “Songs of Leonard Cohen”, em 1967.
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