O Palco 1 da segunda noite do Noites Ritual foi claramente dedicado à música do Mundo e ao Hip-Hop. Por lá passaram nomes sonantes como Terrakota e Mind Da Gap.
Por Ana Luísa Silva
Terrakota
O segundo dia voltou a primar pela pontualidade. 22h05 e o palco 1 começa a ser pisado pelos senhores da Terrakota.
Começam logo a rasgar pois abrem a sua noite ao som de “É verdade” do álbum Oba Train, o que põe desde logo todos os presentes em pulgas, esperando por um concerto que prometia ser de arromba.
Os sete elementos da banda primam pela sua energia em palco e instrumentos que tocam. Desde guitarras eléctricas a cítaras, passando por djambés ou xilofones artesanais, os Terrakota levaram a noite do Porto até África apenas com um voo de uma música. As cores das suas roupas confundiam-se com a energia que emanavam.
Ainda que os Terrakota tenham chamado várias pessoas, o segundo dia não começou tão cheio como a noite dedicada ao Rock, mas foi enchendo, ainda que a medo, à medida que o concerto avançava.
“Bolomakoté” do álbum de estreia da banda, enche o público de boas energias, sonoridades e de muito reggae. O palco era sem dúvida, demasiado pequeno para tanta presença em palco.
Chega a altura em que Júnior e Romi interagem com o público e criam um ritmo reggae com eles. Toda a gente, balançando de um lado para o outro, ligaram-se à banda nesta união rastafari que só se consegue através da música.
Muitos sons africanos, da mãe terra, como lhes chamam os entendidos criam uma atmosfera perfeita e demonstram de que matéria são feitos os Terrakota.
A cítara toma presença completa em palco e leva-nos a Bombaín em sonhos acordados servidos em bandejas onde djambés tocam ao fundo. “World Massala” mostra-nos que os Terrakota são a banda portuguesa de música do mundo por excelência, não fosse o tocador de cítara da Catalunha.
Júnior vai para junto do xilofone e desde lá evoca sons da mãe África com a música “Comboio da Justiça”, enquanto Romi pede a todos os presentes boas energias para que África se liberte de todos os males que a apoquentam. Segue-se “Métisse” e o fim está próximo.
Terrakota trouxeram uma boa dose de feliz disposição aos presentes que aguardavam pelos senhores que se seguiam.
Mind Da Gap:
Os Mind Da Gap saltam para o palco. Sem dúvida que a noite estava mais composta, mas ainda assim nada se comparava à quantidade de gente que havia afluído à zona do Palácio de Cristal na noite dedicada ao Rock.
A banda de hip-hop liderada por Ace, Presto e Serial estavam ali para dar o melhor que podiam e sabiam. Abrem a noite com músicas conhecidas do público e com os seus singles mais famosos.
Pelo palco 1 das Noites Ritual, passaram músicas como “Abre os Olhos”, “Todos Gordos”, “Só P´ra ti”, “Não stresses” e “Dedicatória”.
Evocaram a cidade Invicta em quase todas as músicas, fazendo modificações inteligentes nas mesmas de modo a inserirem a palavra Porto sempre que podiam, levando ao êxtase os presentes.
Conhecidos pela sua presença em palco bastante marcada e por saberem como entreter o público, os Mind Da Gap, em tom de brincadeira perguntaram aos fãs o que queriam ouvir. Entre imensos pedidos acataram um. “Como conseguem?” foi o escolhido.
Uma hora de concerto que passou a voar entre gente ia e gente vinha. Uns estavam no concerto desde o início, outros arrastavam-se até às barracas da Super Bock enquanto cantarolavam um pouco das músicas e abanavam a cabeça ao som da batida de Serial e companhia.
Parado nunca ninguém esteve.
Comentários
Enviar um comentário