Avançar para o conteúdo principal

The Raveonettes na Dança do Som




Link da imagem 

O frio que se tem feito sentir pelo país advém de uma onda gélida proveniente da Dinamarca que só os mais sabedores conseguem explicar. Ou isso, ou o facto de os Raveonettes continuarem a dar que falar. O Som à Letra não está indiferente, mas a música, garantimos, aquece.

Por  Ana Luísa Silva
Originalmente publicado a 5 de Novembro de 2010
Actualizado a 8 de Setembro de 2011 

São dois. São dinamarqueses e são de sonho. Comummente comparados aos Everly Brothers o duo dos países nórdicos pouco se importa com isso e continua a fazer expandir a sua música, caracterizada por harmonias vocais sobrepostas pelos dois membros da banda.

Já passava um ano desde a entrada no novo milénio quando a dupla se encontrou em Copenhaga e começou a gravar “Whip It On”. Dotados de uma inteligência e capacidade de aprendizagem únicas que só os povos do Norte conseguem ter, realizaram todas as tarefas relacionadas com a área de produção. O duo contou  apenas com Manoj Ramdas e Jakob Hoyer para oferecerem os seus dotes de guitarra e bateria respectivamente.

 Chain Gang Of Love (2003) e Pretty In Black (2005) são os álbuns que se seguem ao de estreia, abrindo portas para o mais aclamado de todos os álbuns “raveonetteanos”: “Lust Lust Lust” lançado em 2007 e que envia Sune (ele) e Sharin (ela) para a ribalta e lhes dão todos os créditos que mereciam.

Mas se aquilo que o querido leitor gosta é de performances ao vivo cheias de pompa e circunstância, nada melhor do que dar um saltinho a Singapura já no dia 11 de Novembro e colocar-se a par de todos os instrumentos utilizados pela banda. Pois é. Estes meninos vindos do frio tratam-se bem e que o garantam a Fender, Gibson e Gretsche que os têm seguido ao vivo ajudando-os, através dos seus instrumentos musicais, a ganharem cada vez mais nome entre a camada indie-rock, noise pop e alternativa que ainda existe.

Oficialmente a banda foi descoberta pelo editor da revista Rolling Stone, David Fricke no SPOT Festival (que decorre na Dinamarca). Não oficialmente a banda descobriu que David Fricke se iria apresentar no SPOT Festival.

“Whip It On” foi nomeado como "Melhor Álbum Rock do Ano" no Danish Music Awards (Principal Prémio de Música da Dinamarca) no dia 1 de Março de 2003.

Em 2006 Blender nomeou Sharin Foo como uma das mulheres mais sexy, ao lado de Courtney Love, Joan Jett, e Liz Phair.

Abrindo a pista , que com este tema, nunca para uma "last dance":

Regressaram em 2011 com o álbum "Raven in the Grave", e  a fasquia mantém-se bem alta : 


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Citizen Kane na Máquina do Tempo

Link da imagem Texto original: Miguel Ribeiro Locução: Irene Leite Adaptação e Edição: Irene Leite

REM no vídeo do mês

 Link da imagem Decorria o ano de 1985 quando pela primeira vez se ouviu o tema “Bad Day” num concerto dos REM em Nova Iorque. Contudo , só 18 anos mais tarde foi editado, tendo surgido na compilação de 2003, “In Time: The Best of REM 1988-2003”. Ainda que originalmente produzida em meados da década de 80, esta música manteve-se actual, tanto no som, como na letra crítica à sociedade americana. Por Carmen Gonçalves Originalmente dominado de “PSA”, uma abreviatura para “Public Service Announcement”, este tema surgiu como uma crítica às políticas do presidente dos Estados Unidos, Ronald Regan. Embora não tenha sido editado, foi o mote para o lançamento em 1987 de “ It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine) ”, um tema com uma cadência similar, que teve um estrondoso sucesso. A parecença dos dois temas não se centra só na letra cáustica de crítica à sociedade americana. Ao escutarmos o ritmo e a sonoridade de ambas, não se pode deixar de verificar as

Roquivários no Luso Vintage

Link da imagem O início da década de 80 ficou marcado pelo aparecimento de diversas bandas rock no panorama nacional. A causa foi o estrondoso sucesso do álbum de estreia de Rui Veloso “Ar de Rock” que abriu caminho para novas bandas emergirem. Umas singraram na cena musical, até aos dias de hoje, caso é dos Xutos & Pontapés, UHF ou GNR, enquanto outras ficaram pelo caminho, após algum sucesso inicial. Destas destacam-se os Roquivários que encontraram no tema “Cristina” o seu maior êxito junto do público.    Por Carmen Gonçalves A banda formou-se em 1981 no seguimento do “boom” da cena rock, sob o nome original de “Rock e Varius”. Esta designação pretendia reflectir as influências musicais que passavam por vários estilos, não se cingindo apenas ao rock puro e duro. A música pop, o reggae e o ska eram variantes fáceis de detectar no seu som, e que marcaram o disco de estreia , “Pronto a Curtir”, editado em 1981.   Apesar de a crítica ter sido dura com o trabalho