Avançar para o conteúdo principal

Human League em Modo Pop

Esta semana o Modo Pop promete novamente uma viagem aos anos oitenta. No início desta década o êxito dos Human League, “Don’t you Want Me?” estoirava nas rádios. Com a ajuda da MTV (que na altura passava principalmente vídeos de bandas britânicas), alcançou bastante sucesso nos Estados Unidos da América. E porquê?

Por Júlia Rocha
Originalmente publicado a 30/11/2010

Antes de mais, as apresentações. Os Human League são um grupo britânico, que trabalha o synthpop. A New Wave é o seu território chave. Tiveram grande sucesso na década de 80 e mais tarde reuniram-se nos anos 90. Nesta nova fase, Phil Oakley foi o único membro original a permanecer no grupo.

A música é sobre um homem, que conhece uma empregada de mesa e, apaixonado, decide torná-la numa estrela. Mas este amor não dura para sempre. O vocalista Phil Oakley declarou, na altura, que esta não é uma balada romântica, mas sim uma música acerca das polaridades de uma relação, das relações sociais, e até políticas que se podem estabelecer entre duas pessoas.

“Don’t You Want Me?” é um single do álbum “Dare” de 1981. Phil Oakley foi o compositor. Segundo o cantor, a inspiração surgiu depois de ter lido uma história semelhante num tablóide. Originalmente seria um solo masculino, mas Oakley concebeu-a como um diálogo entre um homem e uma mulher. Neste caso o papel da mulher foi para uma das integrantes femininas da banda: Susan Anne Sulley. Foi a primeira vez na história da banda que uma das integrantes foi usada para “lead singer”.

O vídeo é bastante icónico. Foi filmado numa película de 35 mm, numa noite fria de Inverno. As roupas dão a garantia de estarmos nos anos 80, assim como os cenários, contribuindo sem dúvida, para a unicidade do vídeo. Foi lançado em Dezembro de 1981, sendo o mais vendido no Reino Unido nesse ano. Foi também o primeiro grande sucesso da editora Virgin de Richard Branson.

Nesta altura, os videoclips começavam a formar uma cultura independente e “Don’t You Want Me?” contribuiu para isso mesmo. O reconhecível refrão é ainda hoje reconhecido e cantado por muitos: “Dont you want me, baby? Oooooooh…”.

Confira e viaje no tempo:

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Citizen Kane na Máquina do Tempo

Link da imagem Texto original: Miguel Ribeiro Locução: Irene Leite Adaptação e Edição: Irene Leite

REM no vídeo do mês

 Link da imagem Decorria o ano de 1985 quando pela primeira vez se ouviu o tema “Bad Day” num concerto dos REM em Nova Iorque. Contudo , só 18 anos mais tarde foi editado, tendo surgido na compilação de 2003, “In Time: The Best of REM 1988-2003”. Ainda que originalmente produzida em meados da década de 80, esta música manteve-se actual, tanto no som, como na letra crítica à sociedade americana. Por Carmen Gonçalves Originalmente dominado de “PSA”, uma abreviatura para “Public Service Announcement”, este tema surgiu como uma crítica às políticas do presidente dos Estados Unidos, Ronald Regan. Embora não tenha sido editado, foi o mote para o lançamento em 1987 de “ It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine) ”, um tema com uma cadência similar, que teve um estrondoso sucesso. A parecença dos dois temas não se centra só na letra cáustica de crítica à sociedade americana. Ao escutarmos o ritmo e a sonoridade de ambas, não se pode deixar de ver...

Pedro e os Apóstolos no Luso Vintage

Link da imagem O gosto pela música é universal, “Mesmo para quem não é Crente”, como diria Pedro e os Apóstolos, uma banda nascida em 1992 e que hoje tem o seu momento na rubrica Luso vintage do Som à Letra. Por Gabriela Chagas Pedro de Freitas Branco, um cantor, compositor e escritor português , que a par deste projecto ficou também conhecido por ter sido co-autor de uma colecção de aventuras juvenis, "Os Super 4", é o Pedro da história.   Reza a história que tudo começou numa tarde de Fevereiro de 1992, numas águas furtadas de Lisboa. O apóstolo Gustavo pegou nas congas, o apóstolo Soares ligou o baixo a um pequeno amplificador de guitarra, e o apóstolo Pedro agarrou na guitarra acústica. Não pararam mais nos quatro anos seguintes. Em 92 produziram eles próprios um concerto de apresentação aos jornalistas e editoras discográficas em Lisboa que despertou o interesse das rádios , que acreditaram no grupo. Em Julho de 1996 gravaram o seu primeiro disco, “Mesmo para ...